Sindicalista quer liberada a importação de gado do Paraguai em MS
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins de Campo Grande (Stiaacg), Rinaldo de Souza Salomão, enviou um ofício para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para que o Estado possa liberar a importação de gado do Paraguai para suprir a demanda de MS, no período de entresafra que […]
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins de Campo Grande (Stiaacg), Rinaldo de Souza Salomão, enviou um ofício para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para que o Estado possa liberar a importação de gado do Paraguai para suprir a demanda de MS, no período de entresafra que começa em junho. “Se faltar gado para abater no período de entresafra os trabalhadores que irão sentir as conseqüências nos frigoríficos: o desemprego”, afirma o sindicalista.
Com a escassez de gado para abate nos frigoríficos no Mato Grosso do Sul perdeu cerca de 8 mil postos de trabalho nos últimos anos no setor industrial de alimentação e bebida, que ainda não se recuperou. Só na Capital são mais de 2 mil desempregados de frigoríficos, fábricas de biscoitos, massas, trigo, óleo comestível e outros produtos. Para o sindicalista, os produtores rurais são contra a importação de gado do Paraguai no período da entresafra em razão do aumento do valor do preço da arroba que sobe nesse período em razão da escassez de gado no campo.
O sindicalista argumenta ainda que o Brasil financiasse gratuitamente a vacinação de gado na região de fronteira, no lado paraguaio, contra a febre aftosa e não procura obter nenhum retorno com isso. “Seria o caso das nossas autoridades incrementarem o comércio para que nossos frigoríficos sejam abastecidos com gado paraguaio, criados, em muitos casos, por brasileiros que vivem naquele país vizinho na região de fronteira”, explica Rinaldo Salomão.
O líder sindical falou também que o Estado precisa oferecer maiores oportunidades, principalmente para os jovens, se especializarem profissionalmente para atuar nesse mercado industrial. “A classe patronal precisa também fazer a sua parte nesse processo e facilitar o aperfeiçoamento de seus profissionais para que as empresas tenham maior produtividade com boa formação de mão de obra”, afirmou.
Para o presidente do Sindicato rural de Campo Grande Rui Faccini, o problema de importar gado do Paraguai é em razão da Febre Aftosa que pode migrar dos pais vizinho para Mato Grosso do Sul. Ele lembra que na fronteira com o Paraguai todo o gado é vacinado de manando a caducando, mas do lado do Paraguai o governo não tem todo esse cuidado. “ É prejudicial para a sanidade do rebanho sul-mato-grossense a importação do gado do Paraguai”, avalia.
O presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Francisco Maia, disse que se solidariza com os empregados dos frigoríficos, mas ele vê que o governo tem outros meios de atender esse setor. ”Nos somos solidário com o setor, mas não podemos ir mais uma vez para o sacrifício”, explica.
Maia argumenta que o preço do gado produzido em Mato Grosso do Sul é mais caro do que no Paraguai. “O valor tributário de MS é alto ai nos gastamos mais com sal, arame e lá é tudo mais barato. Não tem como abrirmos as porteiras para concorrer com a carne mais barata”, avalia.
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