Siglas nanicas afirmam que não se preocupam com o fim da coligação proporcional
Líderes de legendas acham que com o fim da coligação os pequenos partidos deixam de ser reféns dos tidos partidos grandes e, com isso, crescem suas chances nas eleições
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Líderes de legendas acham que com o fim da coligação os pequenos partidos deixam de ser reféns dos tidos partidos grandes e, com isso, crescem suas chances nas eleições
Com a possibilidade do fim das coligações proporcionais nas eleições, os partido ditos de menos expressão como as siglas acreditam no fortalecimento das legendas.
O presidente regional do PMN, Adalto Garcia, disse que a sua sigla não está preocupada com o fim da coligação proporcional, pois já possui 57 pré-inscritos para disputar as eleições de vereador em 2012.
Ele explica que o objetivo da legenda é ter 70 candidatos e desses serão tirados os que tiveram maior musculatura política.
“O PMN vai focar no voto de legenda [33] e cada candidato faz o seu trabalho para ser eleito”, explica o dirigente.
Já o presidente do Partido Republicano Progressista (PRP), Dorival Betini, é um pouco mais pessimista com relação a possibilidade de ser aprovado em tempo hábil a reforma política que acaba com as coligações proporcionais.
O republicano argumenta que a possibilidade de aprovação este ano é remota já que o projeto tramita tanto pela Câmara Federal quanto pelo Senado.
“Os partidos políticos e o PRP também estão trabalhando com uma chapa pura de vereadores”, explica. Ele revela que a sigla está trabalhando para fortalecer seu quadro para disputar as eleições do ano que vem. ”Vamos agir forte para que até em setembro nós possamos ter um quadro forte de chapa pura para disputar a eleição para vereadores”, explica.
E o presidente do PHN, Wanderley Macedo Lima, acredita que o fim da coligação proporcional vem de interesse com os partidos pequenos que, segundo ele, vai poder eleger mais candidatos a vereador.
“Com o fim da coligação os partidos pequenos não serão iscados pelos partidos grandes. Com isso os candidatos eleitos pelos partidos pequenos e que queiram mudar de sigla vão ter problemas e a vaga vai ser do partido e o político eleito terá que ficar até terminar o mandato”, avalia.
O sistema escolhido por 5 dos 15 membros da Comissão de Reforma Política do Senado foi o voto proporcional com listas fechadas – que mantém o atual modelo eleitoral do país, mas os eleitores passam a votar nos partidos e não mais diretamente nos candidatos.
Como não houve maioria absoluta em favor do voto proporcional com listas fechadas, haverá uma nova votação. Com o apoio de quatro senadores, o sistema de voto distrito misto com listas fechadas estabelece que parte dos deputados será eleita pelo voto proporcional – e outra pelo voto majoritário.
O partido vai apresentar seu candidato em cada distrito e o mais votado em cada um será eleito – com base na distribuição proporcional.
Já o chamado “distritão” também recebeu quatro votos, por isso vai disputar com os dois sistemas anteriores o apoio da maioria da comissão. Nesse modelo, os Estados e o Distrito Federal são transformados em distritos, com a eleição de seus representantes pelo voto majoritário.
A comissão rejeitou outras quatro propostas que modificam o sistema eleitoral brasileiro, entre elas as que estabelecem listas abertas – seja no sistema majoritário ou proporcional.
Nas listas abertas, os eleitores votam nos candidatos, e não diretamente nos partidos. Se o texto aprovado na comissão for mantido pelo Congresso, os partidos políticos ficam proibidos de formar coligações nas eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias e Câmaras de Vereadores. Ficam mantidas as coligações somente nas eleições majoritárias (presidente da República, governos estaduais e Senado).
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