Saúde, informática e agricultura dominam interesse dos brasileiros em ciência e tecnologia

Quando se fala em ciência e tecnologia, os brasileiros têm mais interesse pelos estudos dos cientistas nas áreas de saúde, informática e agricultura. É o que revela uma pesquisa feita, no ano passado, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura […]

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Quando se fala em ciência e tecnologia, os brasileiros têm mais interesse pelos estudos dos cientistas nas áreas de saúde, informática e agricultura. É o que revela uma pesquisa feita, no ano passado, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e divulgada agora.

Dos entrevistados que declararam interesse por ciência e tecnologia, 30,3% apontaram as pesquisas na área de saúde como assunto mais interessante, 22,6% na área de informática e computação e 11,2%, na de agricultura. Entre os assuntos menos citados, estão astronomia (1,6%), história (3,3%) e matemática (3,7%). Para quem não gosta de ciência e tecnologia, 36,7% justificam a falta de interesse por não entenderem do assunto.

“O Brasil tem uma política agrícola muito importante e desperta interesse. A astronomia, por exemplo, não é trabalhada nas escolas. Em outros países, ela mobiliza muita gente”, disse o professor Ildeu Moreira, coordenador do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do ministério, responsável pelo levantamento.

Segundo Moreira, a agricultura é o tema mais apontado pelos entrevistados com renda mais baixa. O coordenador destaca o aumento do interesse do brasileiro pela temática do meio ambiente, em comparação ao mesmo levantamento feito quatro anos antes. Em 2006, 58% dos entrevistados disseram ter muito interesse por meio ambiente, contra 83%, em 2010 – praticamente o mesmo percentual para medicina e saúde, que subiu de 60% para 81%.

A pesquisa ouviu 2.016 homens e mulheres com idade superior a 16 anos, de 23 de junho a 6 de julho de 2010, em todas as regiões do país. O grau de escolaridade do entrevistado variou do ensino fundamental incompleto ao ensino superior completo, com renda de um salário mínimo (equivalente a R$ 510) a acima de 20 salários mínimos (mais de R$ 10,2 mil).

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