Santo André pronto para batalha em Naviraí
Começa hoje para o Santo André a busca pelo bicampeonato da Copa do Brasil. Apesar da confiança e da expectativa, a missão inicial do time que enfrenta hoje o Naviraiense, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Virotão, em Naviraí (Mato Grosso do Sul) é conquistar a primeira vitória no ano – até agora, em oito […]
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Começa hoje para o Santo André a busca pelo bicampeonato da Copa do Brasil. Apesar da confiança e da expectativa, a missão inicial do time que enfrenta hoje o Naviraiense, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Virotão, em Naviraí (Mato Grosso do Sul) é conquistar a primeira vitória no ano – até agora, em oito jogos pelo Paulistão, somou seis empates e duas derrotas. Um triunfo pode significar o início do embalo para o Ramalhão, mas o técnico Pintado adverte: não será nada fácil.
“Vai ser como uma Libertadores, clima de guerra, luta o tempo todo, cuidado fora de campo e com a arbitragem. Ou seja, não vamos ter facilidade”, afirmou o treinador. Apesar de o regulamento da Copa do Brasil nas duas fases iniciais propor que o time visitante que vencer o jogo de ida por dois ou mais gols de diferença elimine a partida de volta, Pintado não conta com isso. “A gente está se preparando para dois jogos. No ano passado, o Santos teve dificuldade quando jogou lá, num campo reduzido. E outra, eles estão motivados, esperando esse duelo.”
O treinador citou o confronto entre a equipe sul-matogrossense e o Peixe, em 2010, na partida também válida pela Copa do Brasil. Na primeira, quando todos pensaram que Neymar e cia. atropelariam o adversário, o magro 1 a 0 forçou o jogo de volta, na Vila Belmiro, quando aí sim deu a lógica: o Santos goleou por 10 a 0.
Por ora, o Naviraiense é quase um mistério para o treinador andreense, sobretudo pelo fato de no Mato Grosso do Sul não haver campeonato estadual neste início de ano e o time sul-matogrossense estar apenas treinando. “São poucas informações que temos sobre eles, porque não atuou em nenhuma partida oficial neste ano e procura visibilidade. Mas temos uma pessoa por lá passando as poucas informações para a gente”, afirmou Pintado.
Para o duelo de hoje, o Santo André vai a campo com uma escalação diferente da que vem utilizando pelo Campeonato Paulista. Além de dar chance aos jogadores que não vêm sendo tão aproveitados, o treinador espera postura aguerrida de quem buscará vaga no time titular. Daqueles que têm atuado, apenas Neneca viajou e joga.
Dos outros dez, somente Alex Silva e Aloísio têm entrado pelo Paulistão, enquanto os demais veem o jogo como a grande oportunidade de provar a Pintado que têm capacidade de permanecer no time.
Enquanto isso, o desconhecido Naviraiense leva a campo apenas três jogadores que enfrentaram o Santos no ano passado, casos do lateral-esquerdo Adriano Chuva, do volante Buru e do atacante Rudson. Apesar das caras novas, o técnico Anselmo Zuzart acredita no potencial da equipe. “É um time novo, confiamos no entrosamento para realizarmos grande partida.
Postura do grupo que viajou agrada ao técnico Pintado
Quando se fala em equipe reserva ou time B se pensa em algo negativo ou de menor qualidade em relação ao titular. Para provar o contrário, o técnico Pintado levou ao Mato Grosso do Sul o grupo que não vem atuando pelo Campeonato Paulista e por aquilo que vê nos treinamentos, está entusiasmado com uma boa atuação hoje.
“Essa equipe tem característica diferente e que gosto muito, que é se distribuir em campo de maneira que ocupa todos os espaços e o adversário não tem como jogar. Vemos nos treinos quanta dificuldade eles impõem ao time titular. Então essa característica me agrada e estou confiante em um bom jogo”, disse Pintado.
De acordo com o treinador, não é porque esses atletas terão oportunidade que entrarão com mais garra e brio do que aqueles que vêm jogando no Paulistão. “Vontade não tem faltado. Disso não posso reclamar aqui no Santo André. Às vezes temos pecado inclusive pelo excesso de vontade e acabamos cometendo erros”, afirmou.
Para o presidente do adversário, Ronaldo Botelho, independentemente de o Ramalhão deixar em Santo André os considerados titulares, quem jogar com certeza vai endurecer para o Naviraiense. “Os jogadores reservas vão querer mostrar serviço para o técnico, e assim conseguir vaga no time principal”, afirmou.
Até ontem, um terço dos 3.000 ingressos colocados à venda para o jogo havia sido comercializado.
Edvan e Walax comemoram chance para se firmar
Entre os titulares pelo lado do Santo André, dois farão suas estreias com a camisa, casos do lateral-direito Edvan, que chegou do Grêmio Prudente há três semanas, e do meia Walax, que veio do Vila Nova-GO no ano passado mas que ainda não havia tido chance. Contra o Naviraiense, porém, querem mostrar ao técnico Pintado capacidade de permanecer no time e descartam o rótulo de reservas.
“O que importa é jogar. Dentro das quatro linhas não tem esse negócio de reservas ou titulares. É uma boa oportunidade para mostrar nossas condições e se manter no time”, disse Walax. “Não venho trabalhando muito no Paulista até por não aguentar os 90 minutos. Mas chegou a hora. Não tem esse negócio de reservas, vamos como titulares”, completou o lateral Edvan.
Falta de entrosamento? Nada disso, segundo Walax. “O time está bem. Os reservas treinam juntos desde a pré-temporada e com certeza vamos trazer um bom resultado”, afirmou o meia.
De acordo com os jogadores, o segundo duelo entre Naviraiense e Santos (10 a 0) no ano passado não pode servir de parâmetro. “É outro jogo. Não podemos pensar que vamos chegar lá e meter um monte neles. Temos que jogar certo, sério e sair com o resultado”, afirmou Edvan. “Apesar de terem sido goleados pelo Santos, com certeza vão complicar para a gente. É um estádio pequeno e vão querer vencer”, emendou Walax.
Segundo Edvan, que jogava no calor de Presidente Prudente, em Naviraí será tão complicado quanto “eu estava acostumado, mas não deixa de ser complicado”, concluiu o lateral.
Saged e Santo André discutem transformação clube-empresa
As diretorias da Saged (Santo André Gestão Empresarial Desportiva) e do Santo André e acionistas se reuniram na segunda-feira à noite, em hotel da cidade, para discutir a transformação do Ramalhão em clube-empresa. A intenção da administração comandada pelo presidente da Saged, Ronan Maria Pinto, e pelo vice, Romualdo Magro Júnior, é desvincular o departamento de futebol do quadro social, dirigido pelo mandatário Celso Luiz de Almeida.
A Saged alega que a independência beneficiaria a captação de recursos para o futebol. “Assim teríamos mais facilidade para atrair investidores”, garante Magro Júnior. “Poderíamos buscar verba para as categorias de base, para a construção de centro de treinamento e quem sabe até para erguer um estádio.”
O vice-presidente destaca também os benefícios para a área social com a transformação do Santo André em clube-empresa. “Isso livraria o departamento (social) de qualquer pendência ou responsabilidade financeira relativa ao futebol.”
Romualdo cita como exemplos o São Bernardo Futebol Clube e a Associação Desportiva São Caetano. “O departamento de futebol dos clubes é independente, o que é importante para o futebol de cada uma das cidades”, salienta.
O dirigente faz questão de frisar que, caso aprovada a transformação em clube-empresa, não existe o risco de o Santo André deixar a cidade, como aconteceu no ano passado com o Guaratinguetá, que abandonou o município do Vale do Paraíba e se transferiu para Americana, onde criou agremiação homônima. “Não há a menor possibilidade de isso ocorrer. Se o processo se confirmar, o futebol do Santo André sairá fortalecido”, garante.
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