PT tenta “turbinar” bloco suprapartidário de oposição, mas esbarra em incertezas

Deputados estaduais petistas tentam aproximação a George Takimoto (PSL) e Lauro Davi (PSB); ausência de perfil oposicionista seria principal motivo da rejeição à adesão ao bloco

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Deputados estaduais petistas tentam aproximação a George Takimoto (PSL) e Lauro Davi (PSB); ausência de perfil oposicionista seria principal motivo da rejeição à adesão ao bloco

A formação de um bloco suprapartidário de oposição na Assembleia Legislativa com oito parlamentares é a principal bandeira do PT nesse início de legislatura. Os quatro deputados petistas – Pedro Kemp, Paulo Duarte, Laerte Tetila e Cabo Almi – se esforçam em tratativas para aproximar uma parcela dos representantes dos “nanicos”, em especial George Takimoto (PSL) e Lauro Davi (PSB).

Caso os dois aceitem participar, o bloco ficaria completo com a adesão de Felipe Orro (PDT) e Alcides Bernal (PP) – que chegaram à Assembleia por meio do arco de alianças do PT nas últimas eleições.

Há quem lance dúvidas sobre o perfil “oposicionista” de Takimoto e Davi. O primeiro foi eleito na coligação encabeçada pelo PT, mas sua atuação como deputado federal não teria apresentado marca combativa. Já o segundo tem histórico de lutas sindicais na área de educação, mas criou sua base eleitoral a partir da estatal Cassems, entidade que presidiu antes de ser eleito.

O PT também leva em conta uma vaga na executiva estadual do partido, que geralmente é destinada ao líder de bancada. Se aderir ao blocão, a sigla abre mão da indicação. Para Cabo Almi (PT), provável líder de bancada petista, o partido precisa acertar logo a situação sob o risco de fracassar nas articulações. “A gente precisa definir se olha para a árvore ou para a floresta. Não sabemos até onde vai a capacidade do governo em conseguir aliados”, disse.

Felipe Orro (PDT) reconhece a dificuldade de partidos nanicos e solistas em formular o acordo com o PT, mas admite que diálogo apontam para esse sentido. “Depende do PT”, afirmou.

Conteúdos relacionados