PSOL pede que ministro dos Transportes seja investigado por corrupção

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou nesta terça-feira (2) representação na Procuradoria-Geral da República pedindo que o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (PR), seja investigado por suspeita de corrupção passiva, desvio de dinheiro e formação de quadrilha. É a primeira vez que Passos é envolvido em acusações desde o começo da crise nos Transportes. […]

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O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou nesta terça-feira (2) representação na Procuradoria-Geral da República pedindo que o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (PR), seja investigado por suspeita de corrupção passiva, desvio de dinheiro e formação de quadrilha. É a primeira vez que Passos é envolvido em acusações desde o começo da crise nos Transportes.

A representação tem como base documentos que contêm o timbre do Ministério dos Transportes e levam as assinaturas de Arnaldo Bernardo, funcionário do pasta que participava da gestão informal da Feira da Madrugada em São Paulo, e Ailton de Oliveira, administrador da feira.

É também a primeira vez que aparecem documentos oficiais dos Transportes relacionados à Feira da Madrugada. Os papéis datam de maio a julho de 2010, período em que Passos era ministro – ele ocupava o lugar do senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que se desligara da pasta para participar da campanha eleitoral.

Bernardo e Oliveira são acusados de operar um esquema de cobrança de propina na feira, que seria chefiado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). A denúncia envolvendo Bernardo e outro funcionário do ministério – Eloy Arcas Jr., que também participava do grupo de trabalho da feira – foi feita à reportagem há duas semanas pelo empresário Rivaldo Santa Anna, dirigente de uma associação de comerciantes que trabalham no entorno da Feira da Madrugada, e é uma das bases da representação.

Na avaliação de Valente, os funcionários dos Transportes atuavam em conluio com crimes praticados na feira por Ailton, o que aponta para um foco de alimentação ilícita do caixa do PR.

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