O promotor de Justiça Renzo Siufi disse que o empresário Luiz Afonso Santos Andrade mentiu ao dizer que matou a arquiteta Eliana Aparecida Nogueira com um aperto no pescoço, golpe conhecido como gravata.

O defensor disse que mulher foi morta por esganamento, segundo provas apuradas pela perícia. Santos Andrade está sendo julgado nesta quinta-feira pelo crime ocorrido em julho do ano passado.

A arquiteta havia se separado do empresário três dias antes de ser assassinada. Ela foi morta e teve o corpo queimado junto com o carro dela.

De acordo com o promotor, que atua na acusação, o empresário sustenta a versão da gravata por acreditar que possa ser favorecido no julgamento. “Ele quer justificar que o crime tenha ocorrido acidentalmente, o que não é verdade”, afirmou Renzo Siufi.

O empresário disse que discutia com a ex-mulher quando aplicou a gravata. Ela teria morrido com o golpe no pescoço, disse o réu.

Outro ponto contestado pelo promotor tem a ver com a declaração do empresário, que disse no início do julgamento que “ama até hoje” a ex-mulher.

Siufi afirmou ainda que a arquiteta havia pedido a separação por não suportar as agressões que sofria do marido.

Ele citou em sua defesa números que indicam a violência contra a mulher no Brasil e casos como o de Elizia Samudio, que teria sido assassinada pelo ex-goleiro do Flamengo, Bruno.

Siufi disse que 23% das mulheres já sofreram algum tido de violência, a maioria provocada pelos maridos.

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