Projeto contra o desperdício alimenta mais de 90 mil pessoas por mês em MS
Atualmente em MS 241 entidades recebem alimentos doados por 145 empresas em todo o Estado, chegando a atender mais de 90 mil pessoas por mês
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Atualmente em MS 241 entidades recebem alimentos doados por 145 empresas em todo o Estado, chegando a atender mais de 90 mil pessoas por mês
Um programa nacional que luta contra a fome e o desperdício de alimentos no Brasil está crescendo em Mato Grosso do Sul. Atualmente 241 entidades recebem alimentos doados por 145 empresas em todo o Estado, chegando a atender mais de 90 mil pessoas por mês.
O Mesa Brasil é uma ação do Sesc e em MS atende pessoas carentes de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O objetivo é arrecadar alimentos de empresas que iriam desperdiçá-los e doar para entidades que atendem famílias de baixa renda.
De segunda-feira a sábado, dois caminhões do programa visitam agricultores da Capital para arrecadar os alimentos que não atendem os padrões máximos de qualidade para serem vendidos. Os técnicos do Mesa Brasil, selecionam apenas os alimentos que ainda podem ser consumidos e passam nas entidades cadastradas para distribuir, conforme a necessidade de cada uma.
Em oito anos de atividades em Campo Grande, vários parceiros já se solidarizaram com o programa e a doação de alimentos, porém a Gerente de Saúde do Sesc, Eva Cristina explica que é preciso um processo diário para conscientizar os empresários a doar por vontade própria. “Muitas pessoas acabam jogando muito alimento no lixo por não saber que pode doar e ajudar o próximo que muitas vezes não tem o que comer”, destaca.
Exceção entre os produtores rurais, Marcos Aguena sempre doou as hortaliças que não vende no dia em que colhe e desde o começo do projeto ajuda o Mesa Brasil. “É difícil pegar o alimento e levar para as entidades, mas acho importante reaproveitar. Sei que essas hortaliças serão perdidas, por isso sempre penso no desperdício e na ajuda ao próximo”, ressalta Marcos.
Já Adriana Ramos Feitosa trabalha com a venda de laranjas a menos de seis meses em Campo Grande, e no começo das atividades chegou a alugar uma caçamba de entulho para jogar fora os produtos que não apresentavam qualidade para comercialização, até que o caminhão do Mesa Brasil passou pelo local e viu o desperdício. Hoje, em um dia Adriana chega a doar mais de mil quilos de laranjas para o programa.
O Mesa Brasil arrecada qualquer tipo de alimento em boas condições para ser consumido e doa apenas para pessoas físicas através de entidades sociais atendidas. Qualquer pessoa interessada pode doar.
Diretora voluntária do projeto sócio-educativo ACA (Amigos da Criança e do Adolescente), Elza Barbosa Coelho, atende 100 crianças carentes do bairro Taquaral Bosque, que participam do projeto no horário contrário ao das aulas. Durante meio período cada criança faz duas refeições, com alimentos quase totalmente recebidos por meio de doação.
A entidade Cotolengo, que atende 30 crianças com problemas cerebrais é mantida basicamente por doações e semanalmente recebe alimentos do Mesa Brasil. A nutricionista Andressa Coelho explica que, conforme recebe as verduras, prepara o cardápio da semana.
Solidariedade
Trabalhar com a solidariedade e com a ajuda ao próximo traz benefícios para o funcionário, a gratidão das pessoas beneficiadas com o projeto é o principal. Isso é o que garantem os técnicos do Mesa Brasil, que recolhem, selecionam e entregam os alimentos.
Abdias Neto, de 22 anos, Leonardo Vieira, de 26 anos e João Oliveira de Lira, de 28 anos formam uma das equipes do programa. “Quando vamos fazer entrega nos bairros mais humildes é emocionante ver a felicidade das crianças recebendo o alimento”, conta Leandro.
João é motorista do caminhão, mas ajuda a recolher os produtos e também é quem organiza a logística das entregas. Há três anos ele trabalha no programa e afirma: “É preciso se envolver e acreditar que vai dar certo, trabalhamos para isso”, destaca João.
Os funcionários garantem que quando chegam em bairros carentes, onde as pessoas dependem daquele alimento para comer, eles recebem café, água e todo o carinho dos moradores. “Eles tentam nos agradar para que a gente volte sempre”.
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