Patriota viaja ao Paraguai para preparar visita de Dilma a Assunção
Depois de preparar a visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, viaja na próxima segunda-feira (17) para o Paraguai. Ele tem várias reuniões marcadas para agendar a primeira visita de Dilma a Assunção. Nas conversas, dois assuntos devem ter destaque: o processo de regularização dos chamados “brasiguaios” – […]
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Depois de preparar a visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, viaja na próxima segunda-feira (17) para o Paraguai. Ele tem várias reuniões marcadas para agendar a primeira visita de Dilma a Assunção. Nas conversas, dois assuntos devem ter destaque: o processo de regularização dos chamados “brasiguaios” – agricultores de origem brasileira que vivem na fronteira – e a revisão de tarifas da Hidrelétrica de Itaipu.
Inicialmente, assessores preparam a viagem de Dilma ao Paraguai para a primeira quinzena de março, antes da viagem da presidenta aos Estados Unidos. Em Assunção, Patriota terá reuniões com o presidente Fernando Lugo, o ministro das Relações Exteriores, Héctor Lacognata, e vários ministros.
Desde julho do ano passado, os governos do Brasil e do Paraguai avançaram no processo de regularização de documentos dos cerca de 90 mil “brasiguaios”. De acordo com autoridades, muitos deles não tinham documentação. Em 2010, aproximadamente 8 mil “brasiguaios” regularizaram a situação.
Os agricultores brasileiros se queixam ainda de preconceito e tratamento diferenciado por parte das autoridades paraguaias. O assunto também será objeto de discussão. Paralelamente, outra preocupação dos paraguaios é com a revisão do Tratado de Itaipu. O acordo ainda está no Congresso à espera de votação dos parlamentares.
Pelo tratado, o valor pago anualmente ao Paraguai pela energia não usada da Itaipu Binacional passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões. Atualmente, o Brasil paga US$ 43,8 dólares pelo megawatt-hora da usina, somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza. O valor da taxa de cessão será de US$ 9,51 tão logo o acordo seja aprovado pelos dois parlamentos.
O comércio entre o Brasil e o Paraguai atingiu US$ 3,16 bilhões em 2010, o que representa aumento de 39% com relação a 2009. Segundo estimativas, a economia do Paraguai cresceu 8,9% no ano passado, o maior índice de crescimento da América do Sul.
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