Pastor que quebrou braço e clavícula teve que aguardar cinco dias para ser operado na Santa Casa

Mais uma reclamação sobre o problema no atendimento da Santa Casa de Campo Grande chegou até à reportagem do Midiamax. Desta vez, quem enfrentava dificuldades é o pastor Carlos Alberto Guilherme Soares, de 39 anos, que sofreu um acidente de trânsito no último domingo (23), no bairro Santa Emília, na Capital. A informação veio da […]

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Mais uma reclamação sobre o problema no atendimento da Santa Casa de Campo Grande chegou até à reportagem do Midiamax. Desta vez, quem enfrentava dificuldades é o pastor Carlos Alberto Guilherme Soares, de 39 anos, que sofreu um acidente de trânsito no último domingo (23), no bairro Santa Emília, na Capital.

A informação veio da esposa dele, Luzia Márcia da Silva Santos, de 24 anos, na tarde desta quinta-feira (27). Segundo ela, o marido, que trabalha como serviços gerais, quebrou o braço e a clavícula. A mulher foi informada que ele teria que passar por cirurgia, mas que Carlos aguardava desde domingo no corredor do Pronto Socorro da Santa Casa. O paciente foi encaminhando para o centro cirúrgico somente nesta sexta-feira (28) por volta das 12 horas.

“Outra hora dizia que faltava um especialista; quando tinha, falavam que faltava o material (uma plaqueta pra por no braço dele) e por isso não poderiam fazer a cirurgia”.

A esposa revelou também que de quarta-feira (26) até às 17 horas de ontem (quinta), não havia sido feito nenhum tipo de curativo no esposo. “Com esse calor, tá praticamente cozinhando o machucado e ele tá reclamando de muita dor”, comentou. Como se não bastassem os problemas no braço e na clavícula, Carlos Alberto ainda estaria sofrendo com uma grande ferida nas nádegas. “Como ele só fica deitado na maca, o ferimento, sem os devidos cuidados, só vai piorando, além de estar doendo muito, tá exalando forte cheiro também”.

Segundo os cálculos dela, pelo menos outras 13 pessoas aguardavam no corredor da Santa Casa para serem encaminhadas aos procedimentos médicos. Cansada de tentar socorro para o esposo, a mulher pretendia até acionar o Ministério Público nesta sexta-feira (28) pra agilizarem a cirurgia dele. “Mas felizmente ele subiu pro Centro Cirúrgico. Acho que agora finalmente vão resolver o problema do meu marido”, desabafou Luzia.

A mulher reclamou ainda que a alimentação não estava sendo feita corretamente para o marido e ele não estaria conseguindo ficar nem de pé, por causa da fraqueza e da tontura.

O acidente

De acordo com as informações de Luzia, o acidente de trânsito ocorreu por volta das 13 horas do último domingo, na região do Santa Emília. Carlos, que é pastor evangélico, estava indo de moto para a igreja. No cruzamento da batida com um carro, segundo a mulher, não há nenhum tipo de sinalização e os moradores reclamam do alto índice de colisões no local, próximo a um posto de gasolina (ela não soube dizer o nome da rua).

Santa Casa

Hoje, por volta das 14 horas, a assessoria da Santa Casa informou que crianças e idosos que chegam com problemas mais graves (como fraturas expostas), sempre têm prioridade no atendimento. “Aqueles que constatamos que têm condições de esperar, esses casos vão aguardando, de acordo com as emergências”, disse um representante da assessoria.

O assessor confirmou que o hospital continua cheio, com muita procura, ‘mas que as pessoas não entendem isso’. Sobre a reclamação de que o paciente não estaria sendo alimentado corretamente, explicou que a pessoa que passará por cirurgia não pode comer, tem que ficar em jejum, pois no momento que surgir a vaga, se estiver alimentada, não pode ser operada. “Não sabemos o horário certo que vai ocorrer, a cirurgia pode ser feita a qualquer momento. Então tem que ficar em jejum mesmo”.

Hoje, ainda segundo a assessoria, apenas umas quatro pessoas aguardam os procedimentos no corredor do Hospital.

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