Parentes de vítimas de erro médico protestam contra o governo diante do palanque no evento oficial de aniversário de Campo Grande

Parentes de vítimas de erro médico empunhavam faixas e cartazes pedindo justiça para os casos que resultaram em mortes ocorridas em hospitais públicos e postos de saúde; Puccinelli ignorou o ato

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Parentes de vítimas de erro médico empunhavam faixas e cartazes pedindo justiça para os casos que resultaram em mortes ocorridas em hospitais públicos e postos de saúde; Puccinelli ignorou o ato

Durante o ato oficial em comemoração ao aniversário de Campo Grande, na praça Ary Coelho, surgiu uma manifestação pacífica de parentes das vítimas de erros médicos do estado, bem diante do palanque onde estavam o governador André Puccinelli, o prefeito Nelson Trad, deputados e vereadores ligados ao governo do PMDB.

Mães, pais e irmãos de vítimas de erro médico empunhavam faixas e cartazes pedindo justiça para os 407 casos que resultaram em processos, movidos pela Associação de Vítimas de Erros Médicos do MS, referentes às mortes ocorridas em hospitais públicos e postos de saúde. Os parentes acreditam que houve negligência, falta de médicos e equipamentos. 
Mesmo em frente às famílias, o governador não deu atenção aos manifestantes, e continuou brincando com crianças que estavam próximas a ele.

O presidente da associação, Valdemar Morais de Souza, explicou que o motivo da manifestação foi “sensibilizar o governo do estado para que ele possa cuidar o povo do MS, investindo mais na saúde”. No entanto ele ressaltou que, “de maneira alguma, foi ouvido pelo governador Puccinelli”, acrescentando que achava que o governador não tinha gostado dos manifestantes próximos ao palanque oficial.

O presidente da associação ainda questionou os gastos milionários com o aquário de Campo Grande, dinheiro que, segundo ele, seria melhor aplicado no sistema público de saúde.
Fundada em 13 de julho de 2007, a associação foi criada por Valdemar depois de perder um irmão por erro médico. O depoimento mais forte foi o de dona Maria Esmeralda, que perdeu a filha em novembro do ano passado, dentro do Hospital Regional de Campo Grande. Ainda revoltada, ela garantiu que “ninguém fez nada” para salvar a vida de Maíra, a filha que sonhava ser modelo.

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