Para autoridades do Rio, atenção do mundo na final da Copa ‘não tem preço’

A escolha do Rio para sediar a final da Copa de 2014, anunciada oficialmente pela Fifa nesta quinta-feira (20), “não tem preço”, na avaliação de Bernardo Carvalho, da EOM (Empresa Olímpica Municipal). “Na final, serão os olhos do mundo voltados para o Rio. É o principal jogo da Copa. Para a cidade, não tem preço”, […]

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A escolha do Rio para sediar a final da Copa de 2014, anunciada oficialmente pela Fifa nesta quinta-feira (20), “não tem preço”, na avaliação de Bernardo Carvalho, da EOM (Empresa Olímpica Municipal).

“Na final, serão os olhos do mundo voltados para o Rio. É o principal jogo da Copa. Para a cidade, não tem preço”, resume Carvalho, diretor de Comunicação da EOM, que coordena a execução de todos os projetos municipais para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Nas disputas entre as 12 cidades-sede para saber quem vai sediar o quê, o Rio conseguiu conquistar espaços importantes.

Tanto o IBC (Centro Internacional de Transmissão), que vai centralizar o trabalho da imprensa durante os jogos, quanto as escritórios centrais da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) ficarão na cidade – ambos no Riocentro, na Barra da Tijuca.

A cidade tenta conquistar agora o direito de sediar o sorteio final que vai definir as chaves e as partidas, após as eliminatórias.

Em julho, os sorteios preliminares para definir os grupos que disputarão as partidas eliminatórias aconteceram na cidade, na Praia de Copacabana.

Na época, a imprensa chamou atenção para os altos custos do evento – R$ 30 milhões, pagos pelo Estado e pelo Município do Rio.

Segundo Carvalho, porém, o sorteio trouxe 800 jornalistas para o Rio e teve um público estimado de 150 milhões de pessoas assistindo à transmissão pela TV no mundo todo. “É o equivalente a um investimento de R$ 100 milhões em publicidade”, compara.

‘Protagonista’
Carvalho diz que as demais conquistas são “estratégicas” para o Rio, que quer ter papel de “protagonista” na Copa. O esforço é de passar ao mundo a ideia de que é “a principal cidade para eventos e turismo”.

Abrigando as sedes da Fifa, do COL e o centro de mídia, Carvalho considera que o Rio vai concentrar informações e a tomada de decisões durante o mundial. O IBC será no Riocentro, onde foi também o centro de mídia dos Jogos Panamericanos de 2007.

Segundo Carvalho, cerca de 13 mil profissionais de imprensa do mundo todo estarão trabalhando no Rio e usando a cidade como base para suas transmissões.

“A prefeitura vai disponibilizar estúdios pela cidade para que a gente tenha a imagem do Rio divulgada para todo o mundo”, afirma. Os locais dos estúdios ainda não foram definidos, mas a ideia é que tenham vistas para cartões-postais da cidade.

Maracanã
Palco da épica final entre Brasil e Uruguai em 1950, o Maracanã vai ser novamente sede de uma decisão, na segunda Copa que ocorre no país. Nesta semana, porém, funcionários da Fifa manifestaram preocupação em relação ao andamento das obras no estádio.

A estimativa para o término das obras era dezembro de 2012. Após um período de greve dos funcionários, o governador Sérgio Cabral anunciou um novo prazo: fevereiro de 2013.

De acordo com reportagens de O Globo e Folha de S. Paulo, funcionários da Fifa em Zurique mostraram duvidar do cumprimento do novo prazo e temem que as obras não fiquem prontas antes de abril de 2013, data-limite para participar da Copa das Confederações.

“Tivemos o problema das greves, uma série de problemas, e levamos para fevereiro. Mas está dentro do prazo que a Fifa necessita para a Copa das Confederações (em 2013)”, diz Ícaro Moreno, presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro).

Moreno diz que, até o momento, 30% das obras físicas já foram concluídas e cerca de R$ 50 milhões foram investidos no estádio. A fase inicial foi dedicada sobretudo à demolição de estruturas; ele estima que 90% das demolições necessárias estejam concluídas e diz que, agora, se inicia a reconstrução de banheiros, bares e degraus da arquibancada.

Cerca de 2 mil homens estão trabalhando na obra diariamente, e outros mil serão contratados. Eles operam quase 24 horas, em dois turnos. A obra só para de 5h às 7h.

Questionado se mais greves são esperadas para 2013, Moreno responde: “Greve é muito ruim. Superamos essa primeira fase e esperamos que não tenha mais. Todo mundo está consciente da importância do Maracanã”.

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