Obras em telhado interditam Igreja Catedral de Corumbá

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, localizada no centro de Corumbá, está interditada há mais de dez dias, pois o temporal ocorrido no dia 1º de outubro, destruiu boa parte do telhado e do forro da Igreja. O bispo diocesano Dom Segismundo Martinez Álvarez, informou que a interdição será por tempo indeterminado, até […]

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A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, localizada no centro de Corumbá, está interditada há mais de dez dias, pois o temporal ocorrido no dia 1º de outubro, destruiu boa parte do telhado e do forro da Igreja. O bispo diocesano Dom Segismundo Martinez Álvarez, informou que a interdição será por tempo indeterminado, até que toda a estrutura seja reconstruída.

“Perdemos boa parte do telhado e do forro, desde então, todas as atividades que eram realizadas no local foram suspensas. Pedimos aos fiéis que procurem outras igrejas para assistirem às celebrações, pois ainda não temos data definida de quando a Matriz voltará a abrir suas portas. Por enquanto, ainda não temos noção de quanto tempo irá durar a obra”, afirmou o bispo.

De acordo com Dom Martinez, no momento, todo o material necessário para essa reforma emergencial já foi arrecadado, porém, está previsto que uma reforma mais ampla, que será planejada pelo Programa Monumenta e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura, será realizada possivelmente em 2012, o que contará com o auxílio de toda a comunidade.

E não foi só a Igreja Matriz que sofreu estragos, segundo levantamento da Gerência de Defesa Civil de Corumbá, mais de 25 casas ficaram destelhadas na cidade durante a tempestade de 1º de outubro. Entre a tarde de sábado e a madrugada de domingo, dia 02, o volume de chuva atingiu 45,8 milímetros cúbicos. A velocidade do vento chegou a 95 quilômetros por hora. Foram registradas também 42 quedas de árvores que prejudicaram de alguma forma o tráfego de veículos.

História

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária foi construída em 1885 pelo pregador imperial e vigário, Frei Mariano de Bagnaia. A igreja, segundo os historiadores, foi motivo de muita polêmica na época, porque o Frei, julgando-se herói da Guerra do Paraguai, ao sobreviver às torturas impostas pelos paraguaios, teria decidido construí-la para se auto-homenagear.

O bispado não concordou e, diz a lenda, Frei Mariano teria jogado uma praga, amaldiçoando a cidade à estagnação e pobreza por 100 anos enquanto não fossem descobertas as sandálias dele, enterradas em local desconhecido. A Igreja foi inaugurada em 1887, com solenidade do ritual romano.

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