Número de mortos na Região Serrana do Rio passa de 400

O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do Rio passa de 400. A Polícia Civil informou, na tarde desta quinta-feira (13), que 423 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal). Desse total, 199 mortes foram registradas em Nova Friburgo, 176 em Teresópolis, 35 em Petrópolis (Itaipava) e 13 […]

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O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do Rio passa de 400. A Polícia Civil informou, na tarde desta quinta-feira (13), que 423 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal). Desse total, 199 mortes foram registradas em Nova Friburgo, 176 em Teresópolis, 35 em Petrópolis (Itaipava) e 13 em Sumidouro.

O número de mortes pode ser ainda maior. A prefeitura de Teresópolis informou às 18h45 que o número de mortos subiu para 185. Em Sumidouro, a prefeitura confirmou um total de 19 mortos. Em Nova Friburgo, a prefeitura contabiliza 201 mortos. Já em Petrópolis, a prefeitura registrou 39 mortos. De acordo com os números municipais, portanto, o total é de pelo menos 444 mortos.

A chuva que devastou a Região Serrana do Rio esta semana já matou mais gente que a tragédia de Angra, no início do ano passado, e as chuvas de abril, que arrasaram locais como o Morro dos Prazeres, na capital fluminense, e no Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana.

Dilma sobrevoa Região Serrana

Após sobrevoar a Região Serrana do Rio nesta quinta-feira (13), a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral falaram sobre os trabalhos de resgate e reconstrução nas áreas atingidas pela chuva.

“É de fato um momento muito dramático. As cenas são muito fortes. É visível o sofrimento das pessoas. O risco é muito grande”, disse Dilma.

Sobre a prevenção de deslizamentos, Dilma disse que a questão é de ocupação adequada do solo.

Nova Friburgo

Dois corpos foram achados nos escombros da Rua Luís Spinelli, no Centro de Nova Friburgo, após a retomada das buscas no fim da tarde desta quinta-feira (13), com a trégua da chuva. Um deles é o do sargento do 6º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), Marcos Antônio Werly da Conceição, o último dos três bombeiros que foram soterrados na quarta (12), durante as buscas por vítimas das chuvas.

Mais cedo, outro corpo já havia sido resgatado do mesmo local, e a Defesa Civil de Nova Friburgo chegou a suspender as buscas no local, após o reinício da chuva, por medida de segurança, mas o resgate foi retomado.

O ex-prefeito de Nova Friburgo, Paulo Azevedo, e o filho Mateus estão entre os desaparecidos depois da chuva. Desde a manhã dezenas de pessoas formam uma fila em frente ao ginásio Celso Peçanha da escola estadual de Nova Friburgo, em busca de informações de amigos e parentes desaparecidos no temporal.

Um comboio da Marinha segue para montar o hospital de campanha que atenderá a vítimas das chuvas na cidade. Desde quarta-feira (12) um grupo avançado já estava na cidade para avaliar o melhor local para instalar o serviço.

O acesso à Região Serrana ainda é complicado nesta quinta-feira.

Teresópolis

Familiares das vítimas da chuva que atingiu Teresópolis reuniram-se na tarde desta quinta-feira para os enterros dos corpos. O Cemitério municipal Carlinda Berlim ficou lotado e, segundo os responsáveis pelo local, a expectativa era de que 145 pessoas fossem enterradas lá. Novas covas individuais precisaram ser abertas para receber os mortos.

A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. O prefeito decretou luto oficial na cidade.

Começou a funcionar, na manhã desta quinta, o Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros, que foi montado na cidade. Ele fica próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e da prefeitura local, e vai ajudar no atendimento às vítimas das chuvas na região.

O secretário de Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz Castro, afirmou na tarde desta quinta que as regiões mais atingidas por desabamentos e deslizamentos não eram “áreas prioritárias de risco”. De acordo com o secretário, a prefeitura tem um plano que analisa regiões de risco, e afirmou que os bairros afetados não estavam nessa lista.

Petrópolis

As equipes que trabalham no resgate às vítimas das chuvas no Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, encontraram, nesta quinta, 26 pessoas que estavam isoladas e incomunicáveis.

De acordo com a prefeitura de Petrópolis, elas foram localizadas pouco antes das 14h nas regiões conhecidas como Alto Cavalo e Santa Rita, locais com o maior grau de dificuldade de acesso. Segundo a Defesa Civil, nenhum óbito foi registrado no local.

De acordo com a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), já foram encaminhados alimentos, água, material higiênico, entre outros para o auxílio das vítimas.

A Prefeitura de Petrópolis já recolheu 15 toneladas de alimentos não perecíveis para ajudar as vítimas da chuva da cidade. Foram recolhidos ainda cerca de mil colchonetes, 5 mil litros de água, 10 toneladas de roupa, além de 3 mil rodos e 3 mil vassouras.

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