Noventa e dois por cento da população mundial sente dor pelo menos uma vez na vida
Dor é normal, mas não é normal ter dor. A afirmação revela um dos maiores problemas da sociedade com relação à dor. Apesar de ser comum, não é normal ter dor e a mesma deve ser tratada como alerta importante e não apenas como um incômodo habitual. “É preciso estar atento. A dor quando frequente, […]
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Dor é normal, mas não é normal ter dor. A afirmação revela um dos maiores problemas da sociedade com relação à dor. Apesar de ser comum, não é normal ter dor e a mesma deve ser tratada como alerta importante e não apenas como um incômodo habitual.
“É preciso estar atento. A dor quando frequente, forte e sem causa lógica deve ser avaliada por um médico especialista e tratada corretamente”, explica o Neurocirurgião, Dr. Manoel Jacobsen.
Com o objetivo principal de proteção, a dor surge como um mecanismo de defesa do organismo. Esse mal ocorre quando as terminações nervosas existentes no local afetado conduzem o estímulo doloroso por nervos até a medula espinhal. Depois deste caminho, o estímulo é conduzido para diversas regiões do cérebro, onde é percebido como dor e transformado em respostas a este estímulo inicial.
As dores musculares e de cabeça (cefaléias tensionais) são as que mais acometem os brasileiros e afetam 92% e 64% das pessoas, respectivamente, pelo menos alguma vez na vida, segundo o estudo O Mapa da Dor no Brasil.
Apesar de serem mais constantes, as mudanças na rotina da sociedade fizeram surgir novas dores como é o caso das existentes no aparelho locomotor como a fibromialgia, além das dores de cabeça ocasionadas diretamente pelo estresse.
Além disso, pesquisas mundiais revelam que a dor crônica, que dura por meses e até anos, também tem aumentado como resultado dos novos hábitos de vida, maior longevidade, prolongamento da sobrevida de doentes fatais, mudanças no ambiente em que vivemos e pelo avanço da ciência que apresentou novos quadros dolorosos e a aplicação de conceitos atualizados sobre a dor.
Mas os progressos científicos também têm apresentado benefícios para o alívio das dores que mais atrapalham a vida dos brasileiros. Os analgésicos estão cada vez mais eficazes e com ação a partir de 15 minutos.
Ainda no estudo Mapa da Dor, a rapidez na ação do medicamento foi apontada por 98% dos consultados como o principal motivador para a compra do medicamento.
“O uso do analgésico é recomendado quando o paciente está em crise, principalmente em traumatismos, dores de cabeça tensionais e lombalgia”, afirma o neurocirurgião.
Homens X Mulheres
“A diferença está no fato das mulheres expressarem mais o sofrimento”. Com essa frase, Dr. Manoel Jacobsen acaba com o mito de que as mulheres sentem mais dores que os homens. Na verdade, o sexo feminino sofre com dores mais freqüentes, intensas e de duração mais longa. Por exemplo, a dismenorreia (cólica menstrual).
Mas isso não significa que os homens sintam menos dor, já que não há como medir por ser subjetiva e dependente de aspectos fisiológicos e emocionais.
Além disso, o estilo de vida tem influencia importante nas dores. As mulheres e seus saltos altos são responsáveis por um número maior de relatos de dores nas costas e coluna agravados por fatores como má postura, estresse, tensão, estilo de vida, pratica inadequada de exercícios e sedentarismo.
Outro problema é a artrite reumatóide que afeta três mulheres para cada homem. Há ainda a discussão sobre o fato das mulheres responderem menos aos analgésicos. O neurocirurgião explica que esse fato é verídico, mas com ressalva.
“Essa informação se confirma, mas somente no caso dos analgésicos opioides, drogas semelhantes à morfina“, finaliza.
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