Nova técnica de cirurgia cardíaca é realizada pela primeira vez em MS

Pela primeira vez no estado de Mato Grosso do Sul foi realizada cirurgia cardíaca para implante de prótese da válvula aórtica por via transapical – responsável pelo controle do fluxo de sangue que sai do coração. A cirurgia foi realizada sem parar o coração do paciente, sem uso de coração ou pulmão artificial e deixando […]

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Pela primeira vez no estado de Mato Grosso do Sul foi realizada cirurgia cardíaca para implante de prótese da válvula aórtica por via transapical – responsável pelo controle do fluxo de sangue que sai do coração.

A cirurgia foi realizada sem parar o coração do paciente, sem uso de coração ou pulmão artificial e deixando cicatriz de apenas cinco centímetros. Os que mais se beneficiam com a nova técnica são os pacientes portadores de estenose da válvula aórtica, com idade acima de 80 anos, já que a cirurgia convencional apresentaria um alto risco de morte.

O procedimento aconteceu dia 20 de outubro, no Hospital do Coração de MS com a participação de cirurgiões cardíacos do próprio hospital e do Dr. José Honório Palma da Fonseca, cirurgião cardíaco da Unifesp (Escola Paulista de Medicina).

O diretor superintendente do Hospital do Coração de MS, cirurgião cardiovascular Mauro Gomes de Andrade, informa que com o novo método a recuperação do paciente é mais rápida e os riscos de complicações pós-operatórias são reduzidos. “O procedimento é minimamente invasivo e tem duração em torno de 15 minutos. A cirurgia convencional é de aproximadamente 3 horas”.

A doença que pode ser causada por uma deformação congênita ou desenvolvida ao longo da vida com a calcificação da válvula aórtica, impedindo seu funcionamento normal, afeta parte da população com mais de 75 anos e provoca sintomas como dificuldade de respirar, desmaios, insuficiência cardíaca e até morte súbita.

A prótese que foi desenvolvida pela Indústria Braile Biomédica, fabricante nacional de São José do Rio Preto (SP), tem duração de 5 a 10 anos e foi utilizada pela primeira vez no país, após seu registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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