Na contramão do Governo Federal, MS não investe em softwares livres
O governo do estado já gastou mais de R$ 145 milhões com desenvolvimento, análise, programação e manutenção de sistema de informática.
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O governo do estado já gastou mais de R$ 145 milhões com desenvolvimento, análise, programação e manutenção de sistema de informática.
O Governo Federal, desde 2006 vem efetuando uma ampla migração de seu parque tecnológico para o software livre e incentivado o uso do mesmo. Para isso, fez um estudo intitulado “Guia Livre – Referência de Migração para Software Livre do Governo Federal” no qual aponta que a redução dos custos de propriedade de software livre já se faz sentir em diversos órgãos federais.
Na contramão, desde 2007, quando o governo de André Puccinelli assumiu o Estado gastou mais de R$ 145 milhões com desenvolvimento, análise, programação e manutenção de sistema de informática com a empresa Digitho Brasil Engenharias de Softwares Ltda.
O estudo federal revela economia e aumento de investimentos em projetos de pesquisa e fomento realizados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela FINEP, cujos softwares serão distribuídos com a Licença Pública Geral – GPL.
A pesquisa realizada pelo Governo revela que essa tendência que começou nos países europeus vem tomando força e indica como é possível migrar para o software livre e contribuir na formação de uma Sociedade da Informação que privilegie a todos e democratize o conhecimento.
O doutor em Ciência da Computação e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Marco Aurélio Stefanes explica que o software livre é uma ferramenta de trabalho fundamental e que o conhecimento adquirido nas pesquisas é para todos. “Isso significa mais segurança para o usuário e para a empresa, pois o programa já foi testado inúmeras vezes, por pessoas de vários lugares do mundo”, pontua.
Ele explica que o software livre é o software disponibilizado, gratuitamente ou comercializado, com as premissas de liberdade de instalação, plena utilização, acesso ao código fonte, o que possibilita modificações/aperfeiçoamentos para necessidades específicas, com ou sem custos.
Stafanes salienta que software livre não significa software grátis. “A liberdade associada ao software livre de copiar, modificar e redistribuir independe de gratuidade”. Entretanto aponta que, segundo sua experiência e conhecimento, observa que o uso do software livre gera economia, em muitos casos de até de 50%.
Ele lembra que softwares desenvolvidos dentro da UFMS, por exemplo, são usados em universidades do país inteiro. E que esse conhecimento toma uma proporção enorme, onde todos vem contribuir para que o programe melhore.
Como exemplo, citou o SigProj, sistema que gerencia projetos de extensão, desenvolvido na UFMS e utilizado pelo MEC (Ministério da Educação).
Segundo Stefanes, o supercomputador desenvolvido pelo CTEi teve um custo de cerca de R$ 800 mil. O equipamento possui 150 servidores; isso significa que terá um processamento de até ‘150 vezes’ mais rápido que um computador comum.
Metrô de SP
Stefanes revelou que o Metrô de São Paulo, é um bom exemplo de migração para o software livre.
Desde 1997, o Metrô de São Paulo iniciou a transição de suas máquinas para a plataforma Linux, como forma de conter gastos e manter a funcionalidade no trabalho. A iniciativa rendeu uma economia de aproximadamente 3 milhões de reais por ano.
Por causa da iniciativa, em 2004, o gerente de informática da companhia, Gustavo Mazzariol, 53 anos, recebeu um prêmio pelo êxito na aplicação do software livre.
Por que Software livre?
Razões para que as instituições públicas estabeleçam programas de migração para o Software Livre, segundo o Guia Livre:
• necessidade de adoção de padrões abertos para o Governo Eletrônico (e-Gov);
• nível de segurança proporcionado pelo Software Livre;
• eliminação de mudanças compulsórias que os modelos proprietários impõem periodicamente
a seus usuários, em face da descontinuidade de suporte a versões ou soluções;
• independência tecnológica;
• desenvolvimento de conhecimento local;
• possibilidade de auditabilidade dos sistemas;
• independência de fornecedor único.
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