Moradores flagram área pública cercada por associação e prefeito desiste de doação

Os moradores do bairro Vivendas do Parque estranharam a movimentação de obras numa área pública da vizinhança que seria, segundo eles, reservada para equipamentos públicos da comunidade, mas estava sendo preparada para obras particulares. A informação é de que a área havia sido doada para a AVA (Associação dos Vendedores Ambulantes). A Associação dos Moradores […]

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Os moradores do bairro Vivendas do Parque estranharam a movimentação de obras numa área pública da vizinhança que seria, segundo eles, reservada para equipamentos públicos da comunidade, mas estava sendo preparada para obras particulares.

A informação é de que a área havia sido doada para a AVA (Associação dos Vendedores Ambulantes). A Associação dos Moradores enviou um ofício ao Ministério Público Estadual solicitando detalhes sobre a suposta doação.

A AVA, que reúne os comerciantes do Camelódromo de Campo Grande, confirma que solicitou a doação da área, com mais de 19 mil metros quadrados, para criação de um clube de lazer para os ambulantes. Segundo o presidente da entidade, Vicente Reinaldo Peixoto, o pedido foi feito na prefeitura em 2008, e até o momento aguardam a votação de um projeto de desafetação para regularizar a doação da área.

Segundo Eliezer Pereira dos Santos, presidente da Associação dos Moradores do Vivendas do Parque, mesmo sem a aprovação, maquinários estiveram no local fazendo a limpeza da área, que já está totalmente cercada, como constatou a reportagem.

Vicente Reinaldo confirma que a Associação contratou uma empresa particular para o trabalho.

A equipe do Midiamax foi ao local na manhã de terça-feira (23), e por telefone, o presidente do bairro informou que durante a tarde foi implantado um padrão de energia no local.

O prefeito Nelson Trad (PMDB), no entanto, afirmou que o terreno não será mais doado. Um dos argumentos de Nelsinho é em relação à burocracia para a doação, disse durante o 7º Fórum Estadual Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande.

O projeto de desafetação do terreno continua em tramitação na Câmara e para entrar na pauta de votação depende da aprovação do presidente da casa, o vereador Paulo Siufi.

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