Moradores denunciam algazarras perto de conveniência na Manoel da Costa Lima
Em todos os dias da semana, a reclamação é de som alto, bebedeiras, algazarra, cenas de simulação de sexo em plena rua, garotas seminuas ou totalmente nuas dançando em cima dos carros. Veja o vídeo.
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Em todos os dias da semana, a reclamação é de som alto, bebedeiras, algazarra, cenas de simulação de sexo em plena rua, garotas seminuas ou totalmente nuas dançando em cima dos carros. Veja o vídeo.
Som alto, bebedeiras, algazarra, cenas de simulação de sexo em plena rua, garotas seminuas ou totalmente nuas dançando em cima dos carros. Cansados de ficar noites sem dormir devido à perturbação todos os dias da semana, moradores da Avenida Manoel da Costa Lima, mais precisamente nas proximidades de uma conveniência denominada Giba, passaram a denunciar todas as noites a algazarra que se forma no local. A denúncia já foi feita na Deops (Delegacia Especializada de Ordem Pública), Polícia Militar e também na 5ª Delegacia de Polícia, que fica na mesma região do local motivo das reclamações.
A moradora A.M. relata que há aproximadamente três meses os veículos com sons potentes e abarrotados de bebidas começaram a fazer ponto nas proximidades da conveniência. Com isso, a fama do local foi crescendo e atualmente mais de uma centena de pessoas se reúne para ouvir som alto, beber e uma parcela se dedica em dançar, principalmente com coreografias provocantes. “Tem umas meninas que tiram partes das roupas. Tem até umas que ficam totalmente nuas e os homens aproveitam para passar a mão, filmar”, revela.
O episódio mais recente de contrariedade para os moradores aconteceu no último domingo quando o som alto começou por volta das 16h e ficou até as 5h da madrugada. “Fizemos questão de nos reunir para fazer ligações para o 190, mas ninguém apareceu para colocar ordem”, relata a moradora, que já participou de um abaixo-assinado entregue ao presidente do bairro pedindo providências no local.
Outra moradora que também prefere ficar no anonimato por morar próxima à conveniência, relata que além de danças “não convencionais” no meio da rua, frequentadores das “festinhas” passaram a praticar vandalismo, destruindo cavaletes medidores de consumo de água e também padrões de energia elétrica. Outros não quebram, mas interrompem o consumo.
Em um dos vídeos, feito provavelmente com aparelho celular, uma garota que está em cima de um veículo, e cercada por dezenas de rapazes, dança e, em determinado momento, tira a calcinha. Um homem aproveita e levanta o vestido dela. Em outros vídeos há cenas de nu total.
Atitude
Assim que tomou conhecimento do que estava acontecendo na área de atuação de sua delegacia, o delegado titular da 5ª DP, Fernando Nogueira, instaurou um inquérito policial nesta segunda-feira, 25, para apurar as denúncias dos moradores e coibir as praticas consideradas abusivas. Num primeiro momento ele oficiou o Ciops pedindo um levantamento de todas as ligações para o serviço 190 da PM sobre queixa de moradores sobre o fato.
Outra atitude do delegado foi solicitar para a Deops o relatório de denúncias feitas naquela especializada sobre as denúncias envolvendo som alto, consumo de bebidas – inclusive entre adolescentes – e ainda possível consumo de drogas. Atos de atentado violento ao pudor e ainda perturbação da tranqüilidade serão investigados.
“Tudo o que vem acontecendo nos últimos três meses será investigado, inclusive vamos ouvir os moradores. Quem quiser, pode nos procurar para dar seus relatos”, reforça Fernando Nogueira que também vai questionar na Deops sobre a autorização de horário para funcionamento da conveniência.
O delegado titular da Deops, Silvano Mota também já teve acesso a várias imagens feitas com celulares sobre o comportamento que vem ocorrendo nas proximidades da conveniência e promete investigação com possibilidades de cassar alvará de funcionamento, entre outras medidas.
Veja edição com trechos dos vídeos
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