Ministro da Agricultura falará nesta segunda sobre denúncias na pasta

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta segunda-feira (8) para explicar as denúncias de irregularidades na pasta. Por volta de meio-dia, o ministro deixou o prédio da Agricultura, na Esplanada dos Ministérios, mas não falou com jornalistas que o aguardavam na portaria. Disse que dará todos os […]

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O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta segunda-feira (8) para explicar as denúncias de irregularidades na pasta.
Por volta de meio-dia, o ministro deixou o prédio da Agricultura, na Esplanada dos Ministérios, mas não falou com jornalistas que o aguardavam na portaria. Disse que dará todos os esclarecimentos na coletiva, marcada para 15h. Cerca de trinta minutos depois, o ministro voltou para o ministério, mas entrou pela garagem, sem encontrar a imprensa. 

No fim de semana, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão após a publicação de uma reportagem na edição deste final de semana da revista “Veja”. 
Segundo a revista, o secretário, auxiliar direto do ministro Wagner Rossi, tinha relações com um lobista que, de acordo com a publicação, atua dentro do ministério.
Depois da demissão, a presidente Dilma Rousseff divulgou comunicado oficial em que “reitera” seu apoio ao ministro. O Ministério da Agricultura tem sido alvo de denúncias de irregularidades publicadas pela imprensa nos últimos dias.
“A presidente da República, Dilma Rousseff, reitera a sua confiança no ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que está tomando todas as providências necessárias”, diz o comunicado divulgado pela Secretaria de Imprensa da Presidência. 
Em nota divulgada pela assessoria do ministério e na qual informa sobre o pedido de demissão, Ortolan nega ter cometido irregularidades e pede que sejam feitas investigações “em todos os níveis considerados necessários”.
Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, segundo a revista “Veja”, um “escritório clandestino” dentro do ministério no qual prepararia editais, analisaria processos de licitação e defenderia os interesses de empresas nesses processos. Segundo a publicação, Fróes se apresentava como representante do ministério e, em entrevista, afirmou conhecer o ministro Wagner Rossi e o secretário-executivo Milton Ortolan.

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