Médicos fazem protesto ao contrário e aumentam atendimento no Coronel Antonino
Em todo o país, os profissionais da medicina promovem hoje a Mobilização Nacional por melhorias do SUS e em inúmeras unidades estão ocorrendo manifestações
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Em todo o país, os profissionais da medicina promovem hoje a Mobilização Nacional por melhorias do SUS e em inúmeras unidades estão ocorrendo manifestações
Ao contrário dos conhecidos protestos dos médicos, aqueles que param o atendimento, uma manifestação diferente aumentou o número de profissionais na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, na manhã desta terça-feira (25), em Campo Grande. Em todo o país, os profissionais da medicina promovem hoje a Mobilização Nacional por melhorias do SUS e em inúmeras unidades estão ocorrendo reivindicações.
“Como podemos deixar de atender para protestar? Essa luta também é da sociedade e não devemos deixar de dar assistência aos pacientes”, disse Mariano Rubini Neto. O clínicio geral, que realiza pequenas cirurgias no Posto do Aero Rancho, faz parte da equipe de voluntários que resolveram se manifestar dessa forma.
No total, são oito médicos que estão atendendo, de forma voluntária, na UPA do Coronel Antonino. Como só há salas para mais quatro profissionais, eles então fazem um revezamento. Entre eles, Marco Antonio Leite, que também é presidente do SindMed- MS (Sindicato dos Médicos do Estado). Ele reforçou os principais pontos da mobilização da categoria, como a exigência de mais verbas para o setor; da agilidade e qualidade no atendimento; uma gestão eficaz no SUS e principalmente a valorização do profissional.
“Essa é uma luta antiga da nossa classe, como exemplo, a aprovação da emenda 29, que prevê mais recursos somente para o setor da Saúde no Brasil”, explicou Marco Antonio.
Mobilização ao contrário
Quem não teve nenhum motivo para reclamar da mobilização foi Luis Vitorino de Souza, de 69 anos. O deficiente físico sofreu uma queda e teve um pequeno ferimento no joelho esquerdo. “Nossa, o atendimento foi ótimo. Assim é muito bom, chegar e ter um médico pra nos atender logo”, opinou.
Gislaine Poleto, coordenadora municipal de urgência e emergência da Sesau (Secretaria de Saúde do Município), informou que normalmente, no Coronel Antonino, atendem 4 clínicos gerais e 4 pediatras. Segundo ela, um número ideal para uma demanda de aproximadamente 450 pacientes por dia na Unidade de Pronto Atendimento. “Na verdade, precisamos aumentar a quantidade de médicos nas Unidades Básicas de Saúde. Essa é outra reivindicação nossa; para isso, precisamos de uma melhor gestão e mais recursos para o setor, em todo o Brasil”.
A coordenadora reforçou mais uma vez que a população também precisa se conscientizar que o UPA do Coronel Antonino é para os casos de urgência, como: infarto, cólica renal grave, uma criança com febre alta, entre outros. Os pacientes, com problemas considerados mais simples (dor de estômago, renovação do medicamento) devem procurar as Unidades Básicas de Saúde.
Segundo o SinMed, hoje, em Campo Grande, são cerca de mil profissionais, que atendem no ambulatorial e emergencial da capital. “A má gestão e o alto índice de corrupção prejudica diretamente a Saúde no país. É um absurdo um médico ainda tem que atender entre 30 e 40 pacientes num período de 6hs”, criticou Marco Antonio. Ele explica que profissional não tem condições físicas nem psicológicas para isso. “O importante não é quantidade e sim a qualidade no atendimento. Mas para isso, é necessário mais investimentos, mais contratações, entre outros pontos”.
Adesões e outras reivindicações
Além do SinMed, a mobilização tem a participação do Conselho Regional de Medicina e da Associação Médica de Mato Grosso do Sul. Entre os pontos exigidos pela categoria, se destacam também: carreira de estado para os médicos; plano de cargos, carreira e vencimentos no SUS; valorização do profissional e, como já foi citado, a luta pelo atendimento com qualidade para a população.
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