Marcel termina saga de James Bond com ouro e tricampeonato no Pan
Foi uma saga de herói. Mais precisamente, de James Bond. O assalto, a perda das roupas e dos patins, os treinos debaixo de sol forte. Nada fez com que Marcel Stürmer se desequilibrasse. Improvisou no que pôde, se esforçou o quanto pôde. No fim, interpretando o agente secreto 007, ganhou como prêmio a medalha de […]
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Foi uma saga de herói. Mais precisamente, de James Bond. O assalto, a perda das roupas e dos patins, os treinos debaixo de sol forte. Nada fez com que Marcel Stürmer se desequilibrasse. Improvisou no que pôde, se esforçou o quanto pôde. No fim, interpretando o agente secreto 007, ganhou como prêmio a medalha de ouro. O brasileiro de 26 anos venceu os Jogos Pan-Americanos pela terceira vez seguida. Pouco antes, Talitha Haas, de 16, foi bronze em sua estreia em Pan.
– Não podia ter escolhido personagem melhor, pois minha realidade quando cheguei aqui era muito difícil. Assaltado, sem meu patins, o material que treino todos os dias há um ano e meio. Sem minha roupa e com uma desestrutura emocional. Foi muito mais fácil fugir da minha realidade e entrar na dele. O cara que passa por cima de tudo, que supera os obstáculos, que pode sim tomar um tiro, mas tem um colete para proteger e fazê-lo vencer no final e derrubar o bandido. Era realmente a missão impossível.
Marcel tinha ficado em primeiro na rotina curta, que vale apenas 25% dos pontos. No domingo, interpretou o príncipe do clássico de balé Cisne Negro. Um príncipe borralheiro, com alfinetes segurando a camisa, pés esmagados dentro dos patins. Apresentou-se pulando entre a sombra e o sol forte. Saiu da quadra suado, como um herói em fuga. Mas aliviado. Nenhum dos adversários tinha conseguido alcançá-lo até ali.
Marcel temia comemorar por antecipação. A euforia, outrora, o fizera perder títulos. Foi então que voltou à cena para outro capítulo, dessa vez vestido de James Bond. O argentino Daniel Arriola era o único que tinha esperança de tirar dele a vitória. Mas o brasileiro escapou da ameaça e foi recompensado com o ouro.
Encarnou bem o personagem, atirou em agentes, correu atrás deles, ganhou o público e cumpriu a missão. Um patinador ainda esperava para competir, mas o campeão já estava ali. Minutos depois, os juízes confirmaram o ouro, com 533.20 pontos. O argentino Daniel Arriola, com 513.10 levou a prata. O colombiano Leonardo Parrado se garantiu no pódio, com 493.00.
Marcel então pegou um telefone. Não ligou para a família, e sim para uma amiga: Janice Teixeira, nona colocada na fossa olímpica do tiro esportivo.
– Liguei para a Janice porque ela não teve a melhor das apresentações. Quando saí da vila, ela pediu para eu levar a medalha para ela.
Mas quis dedicar a vitória ao afilhado, Vitor, de três meses.
– Ele ainda não entende, mas um dia vai ver isso e ter orgulho do dindo dele.
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