Mantega minimiza notícia de rebaixamento de nota da economia norte-americana
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou minimizar os efeitos da notícia de rebaixamento da nota da economia americana pela agência de classificação de risco chinesa Dagong. O ministro também afirmou que a crise está “um pouco maior do que antes”. Segundo Mantega, a situação dos Estados Unidos não seria de rebaixamento já que, do […]
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou minimizar os efeitos da notícia de rebaixamento da nota da economia americana pela agência de classificação de risco chinesa Dagong. O ministro também afirmou que a crise está “um pouco maior do que antes”. Segundo Mantega, a situação dos Estados Unidos não seria de rebaixamento já que, do ponto de vista financeiro, a situação continuará sólida.
“Eles deveriam tomar cuidado porque o maior credor dos Estados Unidos é a China. Eles estão rebaixando os títulos que eles possuem”, disse. Para ele, a situação do momento nos Estados Unidos foi um episódio foi mais político do que econômico.
Um dia após o Senado americano aprovar uma elevação no teto da dívida dos Estados Unidos, o ministro voltou a demonstrar preocupação com a crise que, segundo ele, não acabou. “Os Estados Unidos estão tendo um desempenho econômico um pouco inferior àquele que se esperava. Felizmente, conseguiram aprovar o aumento do endividamento, porém não é satisfatório para resolver o problema da dívida”, disse.
Na avaliação do ministro, não haverá calote. Entretanto, segundo ele, o governo norte-americano não tem condições de fomentar o crescimento da economia. Ele reafirmou que a situação deverá se arrastar por anos, tanto nos Estados Unidos quanto na zona do Euro, que também enfrenta problemas econômicos, incluindo um grande endividamento de alguns países.
“Nós devemos esperar que essa questão se arraste por alguns anos. Tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia, a perspectiva é de uma recuperação demorada e portanto vai prejudicar o mundo todo”, afirmou.
O ministro reafirmou que os países emergentes, como o Brasil, terminam sendo afetados, na questão cambial, na política monetária e com a falta de mercado para suas exportações. “O que me preocupa mesmo é a questão de fundo, que é a dificuldade da recuperação econômica, a manutenção do desemprego elevado e o crescimento fraco da demanda, a não resolução dos problemas que levaram à crise do subprime [crise de crédito que as turbulências no mercado financeiro a partir de 2008]”.
Mantega destacou mais uma vez a melhor situação do Brasil e garantiu que diante da crise o governo sempre tomará medidas que criem um “cordão de isolamento” para que o país não seja prejudicado pela situação.
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