Mantega anuncia hoje medidas de contenção de gastos
A presidente Dilma Rousseff realiza nessa segunda-feira, a partir das 10 horas, reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto. Além de buscar aproximação com as lideranças da base aliada, a presidente quer aproveitar a oportunidade para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresente aos parlamentares um quadro da economia nacional e internacional e […]
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A presidente Dilma Rousseff realiza nessa segunda-feira, a partir das 10 horas, reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto. Além de buscar aproximação com as lideranças da base aliada, a presidente quer aproveitar a oportunidade para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresente aos parlamentares um quadro da economia nacional e internacional e as preocupações do governo a respeito do agravamento da crise mundial. Mantega também deve anunciar medidas de aperto fiscal para que o Banco Central inicie, mais rapidamente, o ciclo de redução da taxa básica de juros.
Mantega já disse que o governo havia reduzido a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2011 de 4,5% para 4%. Na reunião no Planalto, ele deverá sinalizar que o resultado poderá ser menor ainda, em 0,2 ou 0,3 ponto porcentual.
O objetivo de Dilma ao colocar Mantega para oferecer explicações aos parlamentares, dois dias antes de encaminhar ao Congresso o orçamento para 2012, é mostrar as dificuldades que o País poderá enfrentar caso o governo não mantenha “o cinto apertado”. Com isso, espera obter compreensão e apoio dos parlamentares para comprometê-los a não aprovarem projetos que aumentem gastos para o Tesouro, sem o devido respaldo no orçamento.
O Planalto não quer nem ouvir falar na aprovação de projetos como PEC 300, que propõe piso salarial para bombeiros e policiais; a regulamentação da emenda 29, que amplia os gastos mínimos com ações e serviços públicos de saúde; aumento de salário no Judiciário ou fim do fator previdenciário, nos moldes que está sendo proposta.
O governo está convencido que – e vai dizer isso aos parlamentares – com a crise internacional e seus reflexos mais imediatos, é preciso haver uma contenção de gastos. Mas, em meados 2012, a expectativa é de que esse quadro seja revertido e os investimentos possam ser restabelecidos.
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