Major nega envolvimento com empresa proprietária do jato que bateu em avião da Gol na Amazônia

O major Jorge Kersul Filho reafirmou hoje (26), em depoimento à Justiça Federal em Brasília, que não tem qualquer envolvimento com a empresa ExcelAire, dos Estados Unidos, proprietária do jato executivo Legacy envolvido no acidente com o avião da Gol, em setembro de 2006, que matou 154 pessoas. Kersul foi convocado pela acusação, o Ministério […]

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O major Jorge Kersul Filho reafirmou hoje (26), em depoimento à Justiça Federal em Brasília, que não tem qualquer envolvimento com a empresa ExcelAire, dos Estados Unidos, proprietária do jato executivo Legacy envolvido no acidente com o avião da Gol, em setembro de 2006, que matou 154 pessoas.

Kersul foi convocado pela acusação, o Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso, para prestar depoimento como testemunha. O major foi chefe do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) na época do acidente do avião da Gol.

“Sou empregado da Força Aérea, meu contracheque é padrão”, disse o major ao responder sobre sua relação com a empresa norte-americana. Ele ainda afirmou que conhece, mas não mantém contato com o representante da ExcelAire no Brasil, Sérgio de Almeida Sales, um ex-oficial da Força Aérea.

A acusação queria saber porque a Cenipa entregou o Legacy à ExcelAire no final de 2009, sendo que havia interesse judicial no equipamento. O major afirmou que entregou a aeronave porque havia mais de três anos que nenhuma autoridade tivesse manifestado interesse na posse do aparelho. “Já havíamos tirado todos os dados para a investigação, não havia mais interesse no equipamento”, afirmou Kersul Filho.

A procuradora Analícia Hartz perguntou ao major porque o relatório final da Aeronáutica não considerou a hipótese de o desligamento do transponder (dispositivo de rastreamento da aeronave) ter sido voluntário. Kersul afirmou que não haveria nenhuma razão para o desligamento voluntário, uma vez que o dispositivo envolve a segurança dos próprios pilotos. “Nenhum piloto desliga transponder para brincar a 37 mil pés”.

Kersul reafirmou que nenhum acidente acontece por uma causa específica, mas por um conjunto de fatores. Também criticou o fato de um relatório da Aeronáutica ser usado para apurações judiciais sobre as responsabilidades.

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