Lula volta à África para lançar obra de ferrovia

Depois da participação no Fórum Social Mundial, no Senegal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará à África, desta vez à Guiné, na próxima segunda- feira (21). A convite da Vale, ele vai lançar a pedra fundamental da ferrovia Trans-Guiné, destinada ao transporte de passageiros e cargas leves. A obra faz parte dos investimentos […]

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Depois da participação no Fórum Social Mundial, no Senegal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará à África, desta vez à Guiné, na próxima segunda- feira (21). A convite da Vale, ele vai lançar a pedra fundamental da ferrovia Trans-Guiné, destinada ao transporte de passageiros e cargas leves. A obra faz parte dos investimentos da Vale no país, onde a mineradora explora minério de ferro desde o ano passado.

A próxima viagem internacional de Lula foi confirmada nesta quinta (17), no segundo dia de viagem do petista ao Rio de Janeiro. O ex-presidente começou o dia com uma conversa sobre a África com o diplomata, poeta e escritor Alberto Costa e Silva, integrante da Academia Brasileira de Letras e dedicado aos estudos dos países africanos.

Lula almoçou com a economista Maria da Conceição Tavares e com o sociólogo Emir Sader, que vai presidir a Casa de Rui Barbosa, no Rio. Diante do comentário de Maria da Conceição, de que não conseguia falar com a presidente Dilma Rousseff, Lula pediu para que os assessores ligassem para Dilma e passou o telefone para Conceição. “Quem tem um padrinho desse não morre pagão”, brincou Maria da Conceição ao deixar o hotel Sofitel, na Praia de Copacabana, onde Lula hospedou-se muitas vezes como presidente.

Memorial

Na conversa com Conceição e Sader, Lula repetiu a intenção de criar um memorial dedicado às lutas sociais, um portal na internet, um curso de políticas públicas e de refundar o Instituto da Cidadania. “Lula não quer criar um instituto como o Fernando Henrique Cardoso, em torno da pessoa. Ele está cauteloso, ainda não sabe como se colocar na atuação política sem criar problemas para a Dilma e sem parecer que está dando lição para outros países”, afirmou Sader, depois de mais de três horas de conversa com o ex-presidente e companheiro de partido.

Segundo Sader, Lula ouviu do governador Sérgio Cabral (PMDB) a sugestão de que o Instituto da Cidadania se instale em um casarão na Zona Sul do Rio conhecido como Palacete Lineo de Paula Machado, na Rua São Clemente, em Botafogo.

A família proprietária do casarão, construído em 1910, tem tido dificuldades para vender o imóvel, estimado em R$ 60 milhões. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) cogitou a compra do palacete pela prefeitura, por um valor bem inferior, cerca de R$ 10 milhões, mas a ideia não foi adiante.

Na tarde de hoje, assessores de Lula fizeram uma rápida visita ao palacete. A informação da assessoria de Lula é que não há nada definido sobre a futura sede do instituto.

O ex-presidente esteve com Cabral, Paes e o vice-governador Luiz Fernando Pezão na noite desta quarta-feira (16), durante jantar no apartamento do governador, no Leblon, Zona Sul do Rio. No Twitter, Cabral afirmou nesta quinta: “Ah, e ontem o Lula jantou lá em casa. Matei as saudades do meu amigo!!!!”.

Também participaram do jantar o ex-ministro Luiz Dulci, o ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto e a assessora Clara Ant. O trio deixou o governo com Lula e o acompanhará no Instituto da Cidadania. O empresário Eike Batista foi outro convidado do jantar de Cabral.

Até o fim de tarde de hoje, Lula não tinha saído do hotel. O professor universitário Sergio Annibal, petista e morador de Copacabana, conseguiu entregar a Clara Ant um “kit” com a proposta “Lula Rio 2013”, de que o ex-presidente se candidate à prefeitura da cidade.

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