Ladário: prefeito nomeia substitutos para servidores investigados

O prefeito de Ladário, José Antonio Assad e Faria, nomeou nesta segunda-feira, 23 de maio, ocupantes para as pastas do primeiro escalão da Administração Municipal que tiveram os responsáveis afastados cautelarmente em razão das investigações da Operação Questor, realizada em conjunto pela Polícia Federal; Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União (CGU) e que […]

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O prefeito de Ladário, José Antonio Assad e Faria, nomeou nesta segunda-feira, 23 de maio, ocupantes para as pastas do primeiro escalão da Administração Municipal que tiveram os responsáveis afastados cautelarmente em razão das investigações da Operação Questor, realizada em conjunto pela Polícia Federal; Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União (CGU) e que apura a suposta existência de um esquema que fraudava licitações públicas na Prefeitura ladarense e que teria desviado a quantia de R$ 500 mil em recursos federais destinados à saúde, educação e infraestrutura daquele município.

Todas as nomeações – constantes nas portarias 107; 108; 109 e 110 – publicadas hoje, dia 24, têm caráter interino e os nomes definidos pelo prefeito são de integrantes da gestão.

O atual secretário Municipal de Gestão Governamental, Roberto Guimarães, vai responder pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, que era comandado por Name Antonio Faria de Carvalho. O secretário Especial de Fomento ao Desenvolvimento Econômico, Jorge José Pinto de Castro, vai responder interinamente pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Integrado, que era acumulada por Guimarães.

A Secretaria Municipal de Educação, que tinha como titular Eliene da Costa Neves Urquiza, terá a frente Maria Eulina Rocha dos Santos, que atualmente exerce a função de gerente de Políticas Educacionais. Para a Advocacia Geral do Município, foi nomeado o assessor jurídico Cândido Burgues de Andrade Filho. A pasta era ocupada por Candelária Lemos.

A Operação Questor

Deflagrada em 16 de maio, a Operação Questor da Polícia Federal foi o desfecho de uma investigação da CGU e MPF que durou um ano. De acordo com as investigações, o grupo era composto por funcionários públicos e empresários e fraudava procedimentos licitatórios que envolviam verbas públicas federais destinadas à saúde, educação e infraestrutura no município de Ladário.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária em Corumbá; dois em Ladário e um em Campo Grande, além de outros 26 mandados de busca e apreensão.

No dia da operação da PF, foram presos temporariamente: Name Antonio Faria de Carvalho; Eliene Urquiza; Candelária Lemos; Márcio José Pimenta (Setor de Licitações); Samuel Molina (Contador); e Maria Helena Silva (Núcleo de Projetos da Prefeitura). Todos foram liberados três dias depois, na noite da quarta-feira, 18.

O juiz federal Eduardo José Fonseca, o mesmo que havia concedido os mandados de prisão temporária, entendeu que já não havia motivos para mantê-los presos cautelarmente para busca de provas e tomada de depoimentos de testemunhas. A Justiça determinou em medida cautelar que, enquanto perdurarem as investigações, os funcionários não poderão retomar seus cargos na Prefeitura.

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