Jovem de 16 anos morre afogado no balneário da Lagoa Rica em Campo Grande

Testemunhas disseram à corporação que no momento do afogamento não havia nenhum guarda-vidas no local

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Testemunhas disseram à corporação que no momento do afogamento não havia nenhum guarda-vidas no local

Marcos Vinícius Borges de Castro Leal, 16 anos, morreu afogado na manhã desta quarta-feira (12), enquanto nadava na Lagoa Rica, balneário localizado na saída de Três Lagoas, em Campo Grande, MS.

Segundo o capitão Alencar, do Corpo de Bombeiros, o jovem brincava na lagoa junto com um primo quando começou a se afogar. Testemunhas disseram à corporação que no momento do afogamento não havia nenhum guarda-vidas no local e que o rapaz gritava por socorro e que ninguém, a princípio, acreditou que fosse verdade.

O metalúrgico Roberto da Silva que estava no balneário contou que viu tudo e que não tinha ninguém do balneário perto ao local para prestar socorro. “O menino ficou pedindo ajuda e ninguém correu”, diz.

Guarda-vidas e equipamentos

Ao chegar à lagoa os bombeiros disseram que não viram nenhum guarda-vidas no local. Depois o capitão Alencar informou que três pessoas foram apresentadas como funcionários do estabelecimento.

Contudo, segundo informações de testemunhas, no momento do acidente não havia nenhum guarda-vidas por perto para prestar socorro.

O capitão informou ainda que por lei é preciso que haja um guarda-vidas para cada 500m² de área de banho. O que não acontece ali.

Outro problema encontrado foi a falta de equipamentos de salvamento. Segundo os bombeiros, todo estabelecimento que funciona aberto ao público deve ter equipamentos para realizar esses procedimentos.

A falta de ferramentas necessárias atrasou o serviço da corporação que precisou esperar que uma viatura especial, com barco e toda parafernália necessária chegasse para iniciar as buscas.

Sinalização

Os bombeiros ainda apontaram para a falta de sinalização adequada. As placas que indica a profundidade e orientam os banhistas não estão em todos os pontos necessários.

Ainda, segundo relatos de testemunhas, não há no local nenhum tipo de orientação aos banhistas para até que ponto da lagoa pode ir.

Na lagoa, há bóias indicando que não deve ultrapassar, mas muitos não sabem o significado do equipamento o que deveria ser orientado.

Documentação

A documentação necessária para o funcionamento do local: certificado de vistoria, expedido pelos bombeiros, e alvará de funcionamento, expedido pela prefeitura não estavam no local.

Segundo o gerente do estabelecimento, Zildo Alves Vasconcelos, toda a documentação está regular, mas se encontra em posse do contador – Sr. Carlos – com quem ele não conseguiu falar.

Quanto aos equipamentos de salvamento, Zildo explicou que não havia no local porque alguns haviam sido danificados e outros extraviados. Ele ainda informou que a direção estava ciente do problema e estaria adquirindo estas ferramentas.

Dinheiro de volta

O Corpo de Bombeiros pediu para que o local fosse fechado e a gerência pediu para as pessoas saírem. Quem solicitou o dinheiro de volta estava sendo ressarcido.

O balneário pertence aos herdeiros de Eduardo Metello.

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