Irã “rejeita totalmente” proposta de inclusão palestina na ONU

O líder supremo do Irã rejeitou neste sábado o pedido de inclusão da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU). Para ele, qualquer acordo que aceite a existência do Estado de Israel deixará um “tumor cancerígeno” que ameaçará a segurança do Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei ameaçou o Estado judaico e seus aliados de […]

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O líder supremo do Irã rejeitou neste sábado o pedido de inclusão da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU). Para ele, qualquer acordo que aceite a existência do Estado de Israel deixará um “tumor cancerígeno” que ameaçará a segurança do Oriente Médio.

O aiatolá Ali Khamenei ameaçou o Estado judaico e seus aliados de “golpes paralisantes” que o escudo antimísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não poderá impedir.

“Qualquer plano que procure dividir os Palestinos é totalmente rejeitado”, afirmou Khamenei em entrevista.

“O cenário de dois Estados, que foi camuflado na autoigualdade da aceitação do governo palestino e da entrada nas Nações Unidas, não é nada mais do que a capitulação das exigências dos sionistas ou o reconhecimento do regime sionista na terra palestina”, afirmou.

Os EUA, aliados de Israel, prometeram vetar o pedido palestino de se tornar membro total da ONU, que está sendo discutido por um painel do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O discurso de Khamenei salienta o apoio do Irã a grupos que se opõem a Israel, incluindo o Hamas, a facção islâmica que controla a Faixa de Gaza e rejeitou a proposta apresentada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, classificando-a como uma “imploração” por status de nação.

O clérigo de 72 anos também procurou vender a imagem de que o Irã é o maior defensor da causa palestina, criticando outros países da região que têm laços estreitos com Washington. Dois deles, Egito e Jordânia, reconheceram a existência do Estado de Israel.

“Governos que abrigam embaixadas ou escritórios econômicos sionistas não podem advogar em apoio à Palestina”, afirmou, em comentários direcionados inclusive para o Egito pós-Mubarak. Teerã tenta restabelecer os laços com os egípcios, cortados desde 1979.

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