Infecção generalizada foi causa da morte de menina que torceu joelho, aponta laudo

Em Três Lagoas, delegado que investiga o caso não acredita em negligência por parte do abrigo onde a criança estava. Agora os médicos e enfermeiros de hospital Nossa Senhora Auxiliadora devem ser ouvidos

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Em Três Lagoas, delegado que investiga o caso não acredita em negligência por parte do abrigo onde a criança estava. Agora os médicos e enfermeiros de hospital Nossa Senhora Auxiliadora devem ser ouvidos

O laudo solicitado pela Polícia Civil sobre o caso da menina de 10 anos que morreu no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora após ter deslocado o joelho apontou que a causa da morte foi infecção generalizada.

De acordo com o delegado da 1º DP (Delegacia de Polícia) que investiga o caso, Paulo Rosseto, todos os funcionários da Fundação Assistencial Abrigo “Poço de Jacó”, onde a criança estava abrigada, foram ouvidos na última quarta-feira (12).

“Inicialmente os depoimentos apontam que não houve negligência por parte da entidade, pois a criança foi encaminhada ao Hospital diversas vezes antes do fato, por dores abdominais e de cabeça”, relata.

Questionado sobre o que isto representa para a polícia, o delegado explica que as investigações serão direcionadas após o fato da torção do joelho da menina.

Rosseto comenta que o próximo passo será ouvir os profissionais médicos que tiveram contato com a criança. “Médicos, enfermeiras e todos os profissionais ligados a saúde que tiveram contato com a menina serão ouvidos”, afirma.

Entenda o caso

No dia 4 uma menina de 10 anos morreu no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Um boletim de ocorrência foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) acusando o hospital de demorar a atender a criança que estava com um deslocamento no joelho e precisava ser engessado.

De acordo com o delegado, a criança morava no Abrigo Poço de Jacó e foi levada ao Hospital pela psicóloga de 29 anos, que trabalha na entidade. Elas teriam chegado ao Hospital por volta das 9 horas sendo que uma funcionária disse que não havia ortopedista no momento. A psicóloga e a criança aguardaram até as 12 horas, momento em que a criança teria reclamado estar com fome. A psicóloga então a levou de volta ao abrigo para que ela pudesse comer.

De volta ao hospital a menina começou a reclamar de dores e sua perna estaria inchada. Após o fato ela foi internada e transferida para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Por volta das 18 horas o médico que a atendeu teria dito que a criança morreu.

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