Indígena é caso bem-sucedido de transplante com célula-tronco umbilical no MS
Jaquison Benites Lima, 14 anos, é um exemplo na medicina tradicional que deu certo. O adolescente mora com a família na Aldeia Amambai, no município de Amambai, região sul do Estado e, felizmente, recebeu todo apoio para vir para Campo Grande e depois São Paulo. A história de Jaquison, ao contrário da menina de 8 […]
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Jaquison Benites Lima, 14 anos, é um exemplo na medicina tradicional que deu certo. O adolescente mora com a família na Aldeia Amambai, no município de Amambai, região sul do Estado e, felizmente, recebeu todo apoio para vir para Campo Grande e depois São Paulo.
A história de Jaquison, ao contrário da menina de 8 anos, Thiely, internada no Hospital Regional à espera de uma cirurgia para amputar uma perna; não teve conflitos religiosos entre a medicina tradicional e a crença de seu povo, que acredita que por meio de rezadores é possível a cura. No caso da menina, a intervenção cirúrgica deve acontecer depois da primeira quinzena de agosto, conforme o médico que a atende e também ao adolescente, Marcelo Souza.
O adolescente iniciou tratamento em sua cidade em 2009. Lá foi diagnosticada uma aplasia de medula, que é uma doença caracterizada pela deficiência medular, ou seja, disfunção da medula óssea. O diagnóstico é possível por meio de um exame de hemograma, que apresenta os níveis de todos os componentes sanguíneos. Os principais sintomas dessa doença são: anemia (palidez), devido ao baixo número de hemácias; infecções contínuas, devido ao baixo número de leucócitos; e sangramento de mucosas, devido ao baixo número de plaquetas.
Depois da descoberta da doença de Jaquison, foi verificada a compatibilidade para um transplante entre irmãos, já que o adolescente tinha quatro, mas sem sucesso. A mãe dele engravidou e aí surgiu uma possibilidade de transplante de medula óssea com o uso de sangue do cordão umbilical do futuro recém-nascido, mas isto não era uma garantia de cura, já que nem sempre o resultado é de compatibilidade entre doador e receptador.
Teste feitos, foi comprovada a compatibilidade entre Jaquison e seu quinto irmão. O adolescente teve que ir para São Paulo para fazer o transplante. Agora ele está e um dos dois quartos destinados especialmente para crianças ou adolescentes transplantados da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC), em Campo Grande. A tia Rozangela é quem o acompanha. Além de abrigo, ele recebe apoio psicológico, opções de entretenimento e acompanhamento nutricional. A volta para casa deve acontecer neste sábado, 6 de agosto.
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