Índia prevê crescimento forte, apesar de rebaixamento americano

A Índia indicou neste sábado (6) que sua economia ainda irá crescer fortemente, apesar da decisão da agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) de rebaixar a nota da dívida americana de “AAA” para “AA+”, pela primeira vez na história. “A situação é grave, mas nossos mercados são capazes de resistir aos sentimentos […]

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A Índia indicou neste sábado (6) que sua economia ainda irá crescer fortemente, apesar da decisão da agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) de rebaixar a nota da dívida americana de “AAA” para “AA+”, pela primeira vez na história.

“A situação é grave, mas nossos mercados são capazes de resistir aos sentimentos negativos que afetam o exterior”, afirmou o ministro das Finanças indiano, Pranab Mukherjee, durante um discurso para executivos na capital.

“Há uma crise, mas não estou desnecessariamente preocupado. Não há motivo para apertar o sinal de alerta”, disse, um dia após o mercado de ações indiano despencar por causa da preocupação com a economia global.

Mukherjee acredita que a terceira maior economia da Ásia conseguirá atingir este ano o crescimento de 8,5% registrado nos 12 meses anteriores, até março de 2011. Isso manteria a Índia como a segunda economia que mais cresce, atrás da China.

“Nosso histórico de crescimento está intacto, e os fundamentos são sólidos”, afirmou o ministro, prometendo acelerar o processo de reformas econômicas do país, para tornar a Índia mais atraente aos olhos dos investidores.

Inflação

A crise financeira global acontece no momento em que o governo indiano trava uma batalha contra a inflação e a economia mostra sinais de enfraquecimento, sob o impacto do aperto monetário. Enquanto um crescimento de 7% a 8% é invejável para os padrões ocidentais, especialistas afirmam que a Índia precisa de uma expansão de pelo menos 10% para combater a pobreza crônica.

O presidente da Federação de Organizações de Exportadores Indianos, Ramu Deora, prevê que o rebaixamento da nota de crédito americana irá valorizar a rúpia em relação ao dólar, reduzindo sua margem de competição no mercado de exportações.

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