Dentre as 66 aves havia periquitos, papagaios, duas araras nativas e uma cacatua, a mais rara de todas as aves apreendidas, que no mercado ilegal chega a valer R$25 mil.

O Ibama (Instituto Brasileiro de meio ambiente e Recursos Naturais) apresentou na tarde desta terça-feira (4) as 66 aves apreendidas em duas pets shop e duas residências na cidade de , distante 335 km de Campo Grande, nesta segunda-feira (3).

A ação, segundo a analista ambiental do Ibama, Anna C. M. dos Santos, só foi possível graças a parceria com a Polícia Federal e o Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

Dentre as 66 aves havia periquitos, papagaios, duas araras nativas e uma cacatua, a mais rara de todas as aves apreendidas, que no mercado ilegal chega a valer R$25 mil. Ainda segundo a analista, algumas das aves tinham permissão para serem comercializadas em São Paulo, mas não no Mato Grosso do Sul.

Anna explica que os animais apreendidos fazem parte da lista da CIT (Convenção Internacional de tráfico de Espécies Silvestres).

O flagrante levou a prisão do veterinário responsável pelas pets shop da cidade. Segundo a analista, o local não tinha permissão para a comercialização de animais silvestres. Como os proprietários das pets não foram encontrados, o veterinário foi preso e responderá por crime ambiental. Os estabelecimentos foram multados em R$185,300 mil.

Segundo a assessoria de imprensa do Ibama, o mercado ilegal de aves movimenta 25 bilhões de dólares ao ano. É o terceiro maior mercado de tráfico no mundo, perdendo apenas para drogas e armas.

Ser legal

Para ter um comércio legal de animais silvestres é preciso fazer um cadastro técnico federal. O interessado deve se cadastrar como usuário de recursos naturais no sistema sisfauna e pedir uma autorização prévia para trabalhar com animais silvestres.

Aprovado o cadastro, o Ibama faz uma vistoria no local, estando tudo de acordo com as normas técnicas a autorização é liberada.