Homenagem a motoqueiro deixa PM ferido no centro de Campo Grande e acaba na delegacia

A ideia do grupo de 50 motoqueiros era homenagear “Assanhado”, que morreu na última segunda-feira, mas confusão em ruas centrais acabou com um policial levemente ferido e vários detidos.

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A ideia do grupo de 50 motoqueiros era homenagear “Assanhado”, que morreu na última segunda-feira, mas confusão em ruas centrais acabou com um policial levemente ferido e vários detidos.

Uma tentativa de homenagem a um amigo que morreu na última segunda-feira (23) acabou em confusão para um grupo de motoqueiros de Campo Grande. Alguns foram detidos pela polícia e encaminhados para a Delegacia após parte dos integrantes realizarem manobras perigosas nas ruas centrais da capital e derrubarem um policial militar.

Tudo começou quando os amigos, todos moradores na região do Bairro Aero Rancho, resolveram homenagear Antonio Ignacio de Souza, de 19 anos, que morreu na segunda-feira por complicações de problemas gástricos. Ele era motoqueiro, conhecido pelos colegas como “Assanhado”.

Com camisetas personalizadas, um grupo de aproximadamente 50 motociclistas seguia numa manifestação com “buzinaço” pelas principais ruas de Campo Grande. Na avenida Afonso Pena, quase esquina com a rua 25 de Dezembro, um policial militar abordou os motoqueiros, mas acabou derrubado por um dos manifestantes que fugiu.

O policial teve escoriações leves, chamou reforços, e a PM conseguiu deter cinco motociclistas em flagrante de crimes de trânsito. Quatro outros integrantes foram conduzidos como testemunhas até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no centro da capital.

A maior parte do grupo dispersou com a aproximação da polícia.

O motoqueiro que jogou a moto na direção do policial ainda não foi identificado. Uma adolescente que estava na garupa dele acabou caindo quando ele fugia, mas afirma que não sabe identificar o condutor, que deve ser processado por tentativa de homicídio e lesão corporal.

Manoel Fernando Santos Pereira, 21 anos, auxiliar de RH, era um dos manifestantes e está detido. Ele afirma, no entanto, que não estava fazendo nada ilegal. “Nem todos estavam fazendo arruaça, e eles conseguiram fugir. Quem ficou tava de boa”, afirma.

Maycon Oliveira, 21 anos, motoentregador, também detido na Depac, conta que os amigos se reúnem constantemente para ir ao autódromo realizar manobras de moto. Com a morte do amigo “Assanhado”, eles teriam até pedido uma autorização para o cortejo. “Eu só estava no lugar errado na hora errada”, explica.

Devanir Aparecido dos Santos, 31 anos, tio de “Assanhado”, foi conduzido como testemunha à Delegacia, e falou que estava entre os últimos no comboio de motoqueiros. Ele diz que a ídeia não era desrespeitar a lei.

A Ciptran informou que autorização para manifestações que envolvem grandes quantias de veículos devem ser solicitadas com antecedência e respeitar as leis de trânsito.

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