Governo da Síria envia tanques e tropas para mesma cidade onde ocorreu massacre há 30 anos
Tanques e tropas militares da Síria seguiram hoje (12) para a cidade de Hama, que entrou para a história do país depois de um massacre ocorrido em 1982, quando manifestantes enfrentaram forças do governo. Bear Mustafa, um ativista de direitos humanos da Síria no Líbano, disse que os confrontos se intensificaram por todo o país. […]
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Tanques e tropas militares da Síria seguiram hoje (12) para a cidade de Hama, que entrou para a história do país depois de um massacre ocorrido em 1982, quando manifestantes enfrentaram forças do governo. Bear Mustafa, um ativista de direitos humanos da Síria no Líbano, disse que os confrontos se intensificaram por todo o país. Para amanhã (13), está sendo organizada uma manifestação que ocorrerá depois das orações religiosas.
De acordo com organizações não governamentais, mais de 700 pessoas morreram e 8 mil foram presas ou estão desaparecidas desde o começo das manifestações, em meados de março. Os manifestantes protestam contra o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, que é acusado de corrupção, autoritarismo e violação de direitos humanos.
No poder desde 2000, Assad enviou tropas e tanques para diversas cidades para tentar conter a onda de protestos. Analistas afirmam que a série de manifestações é o maior desafio ao monopólio do poder político da família do atual presidente – que há 40 anos está no poder.
A União Europeia aprovou esta semana embargo de armas à Síria e proibição de viagem de 13 pessoas ligadas ao poder aos 27 países que integram o bloco. Representantes da Alemanha e de outros países europeus se reuniram com os embaixadores da Síria para adverti-los sobre mais uma rodada de sanções em discussão. Em Washington, o Departamento de Estado norte-americano condenou ontem (11) a repressão como um ato “bárbaro”.
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