Giroto faz pré-campanha e já motiva ‘estranheza’ entre os peemedebistas

Desejo de ver o deputado, que é do PR, como candidato a prefeito da Capital é do governador Puccinelli; a ideia é rechaçada por alguns peemedebistas, Paulo Siufi entre os quais, que acreditam numa debandada caso confirme a aliança

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Desejo de ver o deputado, que é do PR, como candidato a prefeito da Capital é do governador Puccinelli; a ideia é rechaçada por alguns peemedebistas, Paulo Siufi entre os quais, que acreditam numa debandada caso confirme a aliança

O presidente da Câmara de vereadores e virtual candidato à prefeitura de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB), disse que algumas alas ligadas ao governador André Puccinelli (PMDB) já declinam para o lado do deputado federal e também pré-candidato a prefeitura, o deputado federal Edson Giroto (PR) para que ele seja o sucessor de Nelsinho Trad. ”Até reuniões em bairros o Giroto já está fazendo”, explica o peemedebista. Giroto foi o secretário de Obras de Puccinelli por oito anos (prefeitura) e três anos e meio no governo.

Siuffi explica que é normal alguém ter predileção por uma pessoa, mas na disputa eleitoral não deveria ser mostrado de maneira tão explícita. “É normal gostar de quem gosta da gente de quem é amigo, mas, na política, o jogo tem de ser limpo”, avalia.

O presidente do parlamento municipal argumenta que se as cartas já estão marcadas como demonstra a conjuntura política atual ele sai de campo. “Eu não sou joguete político e não faço parte de teatro para colocar meu nome para disputar sendo que já tem outro que é carta marcada”, desabafa.

Ele afirma que tem responsabilidade com a política e com os eleitores e não pode ser joguete em disputa eleitoral. “Quando eu converso com a população recebo um alerta para essa manobra até as pessoas me falam que eu estou sendo enrolado para presente”, diz.

Siufi afirma também que se caso Puccinelli e Nelsinho apoiarem um candidato que não seja do PMDB estarão desabonando os feitos que eles fizeram quando eram gestores de Campo Grande. ”Se apoiar um candidato que não seja do PMDB vai representar que eles não querem que o trabalho feito pelo PMDB em Campo Grande continue”, explica.

O PMDB domina a prefeitura da Capital há 14 anos e pode perder a hegemonia para um candidato da base aliada. Até o momento os nomes do PMDB para disputa é do Paulo Siufi, vice-prefeito Edil Albuquerque, secretário estadual de Habitação Carlos Marun, e do deputado Marquinhos Trad. No entanto, o menino dos olhos de André seria o deputado federal Edson Girotto.

Uma pesquisa interna feita pelo PMDB mostra como fortes candidatos a prefeitura de Campo Grande os peemedebistas Paulo Siufi, Marquinhos Trad e Edil Albuquerque.

Outra pesquisa encomendada pelo governador já mostraria uma outra realidade ao mostrar Giroto, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), Siufi, Marquinhos Trad e do deputado federal Reinaldo Azambuja(PSDB) como os nomes com mais chances.

O governador André Puccinelli e o prefeito Nelsinho Trad Filho já fizeram algumas reuniões com os vereadores de Campo Grande e também com os pré-candidatos da base aliada. A intenção das reuniões, segundo a dupla, é não causar um racha entre os amigos.

Durante as reuniões, os dois caciques peemedebistas sempre pregam a paz e o amor entre a base aliada, no entanto, a orientação nacional do PSDB, PPS, DEM é de que se faça chapa pura para as prefeituras nas capitais.

Curiosamente, enquanto os pré-candidatos estão sempre se alfinetando para saber quem vai ser o candidato da base para a prefeitura de Campo Grande, o deputado Edson Giroto se blinda e não entra nesse embate. O único que defende com unhas e dentes a candidatura certa e liquida de Giroto é o correligionário o deputado Paulo Corrêa que já foi em público falar da candidatura do republicano.

O vice-prefeito de Campo Grande Edil Albuquerque até já alardeou que caso Nelsinho e Puccinelli não batam o martelo em um nome do PMDB para encabeçar a coligação para a prefeitura de Campo Grande os dois vão ter que enfrentar a ira dos correligionários.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados