Esquema desbloqueou 5 mil carteiras de motorista desde 2008

A quadrilha suspeita de montar um esquema que desbloqueava carteiras de motorista em São Paulo e em Minas Gerais liberou irregularmente 5 mil documentos que tinham sido suspensos desde 2008. De acordo com o Ministério Público, o desbloqueio era feito na própria Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) ao preço de […]

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A quadrilha suspeita de montar um esquema que desbloqueava carteiras de motorista em São Paulo e em Minas Gerais liberou irregularmente 5 mil documentos que tinham sido suspensos desde 2008. De acordo com o Ministério Público, o desbloqueio era feito na própria Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) ao preço de R$ 3 mil por habilitação.

Desde a manhã desta terça-feira (3), policiais rodoviários federais de três estados e do Distrito Federal cumprem 24 mandados de prisão e de busca e apreensão nos dois estados contra policiais e donos de autoescola. Até as 12h, nove pessoas já haviam sido presas na Operação Cartas Marcadas, incluindo um policial que trabalhava na Corregedoria do Detran.

As prisões aconteceram na capital paulista, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e em Minas Gerais. Do prédio do Detran, no Centro de São Paulo, a Polícia Rodoviária Federal e promotores paulistas recolheram computadores e documentos. Segundo as investigações, advogados, policiais, donos de autoescolas e agenciadores fazem parte da quadrilha.

O esquema criminoso de emissão de carteiras de habilitação foi descoberto em 2008. O aluno pagava propina e recebia o documento sem precisar fazer nada. Mais de 30 mil carteiras foram bloqueadas na Grande São Paulo. Na época da operação, policiais ligados ao Detran e donos de autoescolas foram presos. Mas uma nova quadrilha passou a atuar e de 2008 para cá o grupo liberou 5 mil carteiras que tinham sido suspensas.

Um advogada foi presa em casa, em Guarulhos. Na autoescola dela, os policiais apreenderam computadores e carteiras de motorista irregulares. A promotoria afirma que ela fazia o contato com policiais corruptos que trabalhavam na Corregedoria do Detran e que desbloqueavam as carteiras.

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