Enchentes trazem riscos para a saúde
Com a ocorrência freqüente de enchentes em diversos estados, é importante que cada cidadão saiba como proteger sua saúde dos riscos provocados por estes eventos naturais. As enchentes são desastres que facilitam a ocorrência de doenças parasitárias, especialmente aquelas transmitidas pela água, como leptospirose, hepatite A, doenças diarréicas agudas, entre outras. No entanto, a…
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Com a ocorrência freqüente de enchentes em diversos estados, é importante que cada cidadão saiba como proteger sua saúde dos riscos provocados por estes eventos naturais. As enchentes são desastres que facilitam a ocorrência de doenças parasitárias, especialmente aquelas transmitidas pela água, como leptospirose, hepatite A, doenças diarréicas agudas, entre outras. No entanto, algumas medidas individuais podem ser tomadas para minimizar esses riscos.
Em primeiro lugar, nas regiões atingidas pelas enchentes, é importante cuidar da água que se bebe. A maioria das doenças típicas de enchentes é transmitida pela água. Ela deve ser filtrada e fervida ou ser tratada com hipoclorito de sódio (2,5%), utilizando, neste último caso, duas gotas para cada litro de água. Depois 15 minutos descansando sob efeito do produto, a água está pronta para consumo humano. É preciso também manter a caixa d’água limpa e desinfetada. Deve-se esvaziá-la e limpar seu interior com panos, esponjas e escovas, mas sem utilizar sabão, detergente, ou outros produtos de limpeza. Feito isso, deve-se deixar a água entrar, adicionar hipoclorito de sódio (um litro para cada mil litros de água) ou água sanitária e deixar agir por duas horas. Atenção: essa água com hipoclorito de sódio não deve ser ingerida! Por fim, é só esvaziar e encher a caixa novamente.
Os alimentos estão em segundo lugar na lista de cuidados a serem tomados durante as enchentes. Sua contaminação acontece justamente no contato com a água infectada. Assim, a orientação é que os alimentos sejam selecionados antes de serem consumidos. Qualquer alimento que tenha tido contato direto com a água da inundação deve ser descartado. Os produtos industrializados que estiverem em embalagens resistentes, intactas e lacradas – e que não sejam de plástico, papelão ou papel – devem ser higienizados também com hipoclorito de sódio (duas colheres diluídas em um litro de água).
A limpeza do próprio corpo também é importante. Esta deve ser feita com água limpa ou com álcool 70%.
LEPTOSPIROSE – Transmitida ao homem por meio da urina de roedores, é a doença mais comum em períodos de enchentes. Ela é causada por uma bactéria chamada Leptospira, e seus sintomas são, em geral, febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas. Apesar de grande parte dos casos não evoluir para as formas perigosas da doença, a leptospirose, se grave e diagnosticada tardiamente, pode matar. Por isso, a melhor coisa a se fazer é prevenir. Alguns cuidados que podem ser tomados são: evitar contato com a água da enchente; manter os alimentos em recipientes bem fechados e resistentes; manter a residência arrumada e limpa, livre de restos de alimentos (inclusive os de animais de estimação) e lixo; proteger-se com luvas e bota s de borracha ao fazer a limpeza da casa ou ao entrar em contato com a água da inundação. Aos surgirem os sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico.
ANIMAIS PEÇONHENTOS – Ser picado por animais venenosos, como serpentes, aranhas e escorpiões, também torna-se mais comum com a ocorrência de inundações, especialmente em locais com área verde. Para prevenir, é importante ficar atento: bater colchões, roupas e sapatos; não colocar as mãos em buracos ou frestas; e ao encontrar um animal aparentemente peçonhento, entrar em contato com o Centro de Zoonoses ou Corpo de Bombeiros locais.
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