Duas mulheres acusam grupo de índios de estupro e agressão no interior de MS

Na última sexta-feira (27), um crime de estupro envolvendo duas mulheres e seis homens, todos indígenas chocou o município de Japorã. Um grupo de seis indígenas, segundo levantamentos preliminares realizados pela polícia, sob o efeito de bebida alcoólica e de entorpecentes, pegou duas donas de casa, uma de 30 e outra de 32 anos, a […]

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Na última sexta-feira (27), um crime de estupro envolvendo duas mulheres e seis homens, todos indígenas chocou o município de Japorã.

Um grupo de seis indígenas, segundo levantamentos preliminares realizados pela polícia, sob o efeito de bebida alcoólica e de entorpecentes, pegou duas donas de casa, uma de 30 e outra de 32 anos, a força, estuprou, queimou com bitucas de cigarro e proferiu ameaças às vítimas.

As mulheres, uma delas casada e mãe de três filhos, ambas moradoras no Assentamento Tagros, em Japorã, teriam se deslocado até o Distrito de Jacaraí, distante cerca de 10 quilômetros do assentamento rural onde residem e sofreram o ataque quando voltavam para casa.

Segundo a polícia, após esperarem, sem sucesso, por carona, as mulheres decidiram voltar a pé para o assentamento onde residiram.

Ao passarem por um trecho de estrada que corta a Aldeia Porto Lindo, um indígena a bordo de uma motocicleta ultrapassou pelas mulheres e logo em seguida o condutor da moto retornou em companhia de mais seis indígenas.

Agindo com extrema violência, o grupo agarrou as donas de casa à força, arrastou as vítimas para um matagal e as estupraram.

Uma das mulheres foi violentada sexualmente por três vezes e a outra duas vezes e inclusive acabaram queimadas com bitucas de cigarros. Elas também tiveram pertences roubados pelo bando, entre eles um aparelho celular.

Segundo relatos das vítimas à polícia, após o estupro, os indígenas, que são da etnia guarani-ñhandeva e supostamente todos residentes na Aldeia Porto Lindo, ameaçaram as mulheres que se elas não corressem, eles as alcançariam e as violentariam de novo.

Extremamente assustadas, as duas mulheres fugiram e se esconderam em meio a uma pastagem, onde acabaram passando a noite, vindo a procurar ajuda somente na manhã do dia seguinte.

PM prendeu um dos supostos autores

Após tomar conhecimento do ocorrido, policiais militares lotados no Grupamento PM de Japorã passaram a atuar no caso e prenderam um dos supostos autores do crime bárbaro, o indígena Augustinho Martins, com idade entre 22 e 23 anos aproximadamente.

Segundo a PM, no ato da prisão o acusado ainda trajava a mesma roupa que usava na noite anterior, quando teria praticado o estupro em companhia do bando.

Durante a mesma operação a Polícia Militar de Japorã também realizou a apreensão da motocicleta utilizada pelo indígena para chamar o resto do bando no dia do crime, uma moto Star Super SK 100cc, de origem estrangeira e sem documentação legal para circular no Brasil.

Apesar de o crime ter sido cometido no município de Japorã, a Polícia Civil do município de Mundo Novo é quem vai comandar as investigações do caso.

Acontece que apesar de ter uma população de mais de 7,7 mil habitantes, o município de Japorã não dispõe de uma Delegacia de Polícia Civil e todos os crimes cometidos na aérea do município são investigados pela Delegacia da cidade vizinha.

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