Dirigentes calculam gastos milionários na campanha para prefeitura de Campo Grande

Alguns partidos já falam em R$ 10 milhões, quase três vezes o valor aplicado na reeleição de Nelsinho Trad. O fim das coligações seria o motivo do aumento no custo das campanhas em 2012.

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Alguns partidos já falam em R$ 10 milhões, quase três vezes o valor aplicado na reeleição de Nelsinho Trad. O fim das coligações seria o motivo do aumento no custo das campanhas em 2012.

A um ano e quatro meses das eleições para prefeito, as lideranças partidárias já começam a fazer as contas de olho na campanha para a prefeitura de Campo Grande. Alguns dirigentes de legendas já prevêem que para entrar no embate com chances de vitória deve desembolsar pelo menos R$ 10 milhões.

Essa cifra supera em quase três vezes o valor da campanha do prefeito Nelsinho Trad, do PMDB, que declarou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ter gastado na reeleição custou R$ 3,6 milhões em 2008.

Para o deputado federal Carlos Biffi (PT), com menos de R$ 10 milhões um candidato teria chance mínima. Ele explica que com o fim das coligações proporcionais o candidato a prefeito terá que dar atenção especial para os vereadores.

“O candidato a prefeito terá que gastar um pouco mais para que os vereadores levem o nome do candidato junto com ele“, acredita.

Já para o presidente regional do PT, Marcus Garcia, os gastos com campanha serão altos sim, mas ele revela as alianças partidárias vão repartir dos gastos. Ele sustentou que os candidatos à prefeitura de Campo Grande têm muitos gastos com cabos eleitorais, mídia de TV, mas tudo isso é organizado antes da campanha.

“Com a chapa pura para os vereadores, os candidatos a prefeitura de Campo Grande deverão dar mais atenção as coligações”, explica.

O presidente municipal do PSDB, Carlos Alberto Assis, acredita que existem meios de baratear uma campanha para prefeito e acredita que com o fim das coligações proporcionais os preços das campanhas podem custar menos. “Uma eleição de R$ 10 milhões é bastante alta e para fazer uma campanha desse porte sem ficar inadimplente será complicado”, avalia.

Assis acredita que com o fim das coligações proporcionais [chapa pura vereador] os partidos políticos precisam usar a criatividade. Ele até da à receita de como fazer campanha com pouco dinheiro: fazer ações de marketing e tentar conseguir o máximo possível de mídia espontânea. Ele argumenta ainda que o partido deva escolher nomes fortes, conhecidos.

Para o deputado e virtual candidato a prefeitura de Campo Grande, Marquinhos Trad, o valor de 10 milhões é exorbitante. “R$ 10 milhões para fazer campanha é muito. Nem sei quantos zeros tem 10 milhões. Nunca nem vi”, explica.

O deputado tucano Rinaldo Modesto brincou ao ser questionado sobre um valor médio para disputar uma prefeitura como a de Campo Grande. ”Eu nunca fui candidato a prefeito, só fui a vereador e deputado, mas com 10 milhões no bolso eu me candidataria à presidente da Republica”, brinca.

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