Crédito para pessoa física lidera expansão na carteira do BB em 2010

Os empréstimos para pessoas físicas foram o destaque de crescimento na carteira de crédito do Banco do Brasil no ano de 2010. Os financiamento liberados para o segmento tiveram crescimento de 23,2% em um ano e de 5,3% no trimestre e a carteira encerrou em R$ 113 bilhões, nível recorde. Na pessoa jurídica, a carteira […]

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Os empréstimos para pessoas físicas foram o destaque de crescimento na carteira de crédito do Banco do Brasil no ano de 2010. Os financiamento liberados para o segmento tiveram crescimento de 23,2% em um ano e de 5,3% no trimestre e a carteira encerrou em R$ 113 bilhões, nível recorde. Na pessoa jurídica, a carteira evoluiu 19,5% em 12 meses e 6,6% ante setembro de 2010, somando R$ 149,8 bilhões em dezembro de 2010.

Na pessoa física, um dos destaques foi o crédito consignado que teve expansão de 23% e chegou a saldo de R$ 45 bilhões. O crédito imobiliário fechou o ano em R$ 3 bilhões e expansão de 92,8% em 12 meses. As operações de financiamento a veículos totalizaram R$ 27,4 bilhões ao final de dezembro, crescimento de 32,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O segmento de pessoas jurídicas teve como um dos destaques as micro, pequenas e médias empresas (MPE). O crédito a MPE registrou expansão de 13,3% em 12 meses e 5% no trimestre, com saldo de R$ 50,9 bilhões. O BB destaca a expansão de 6,2% nas operações de capital de giro.

No agronegócio, o saldo da carteira atingiu R$ 75 bilhões, crescimento de 12,9% em 12 meses. Esse total corresponde, segundo o BB, a 60,6% de todo o crédito bancário ao agronegócio no País e a 20,9% de toda a carteira de crédito do BB.

As operações de crédito e o resultado de operações com títulos e valores mobiliários responderam juntas por mais de 94% das receitas de intermediação financeira, que cresceram 24,3% no ano passado, de R$ 65,329 bilhões em 2009 para R$ 81,209 bilhões em 2010.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 4,277 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 4,3% ante o trimestre anterior e de 17,2% em relação ao quarto trimestre de 2009. Em 2010, elas totalizaram R$ 15,868 bilhões, alta de 17,4%. Os segmentos que mais contribuíram para a expansão das receitas foram os cartões de crédito, banco de investimento e seguros.

Inadimplência

O Banco do Brasil encerrou dezembro com taxa de inadimplência de 2,3%, considerando os atrasos acima de 90 dias. No final de 2009, o indicador estava em 3,3% e em setembro de 2010, em 2,7%.

Além da melhora do nível de emprego e da renda da população, o BB atribui à queda do indicador a sua estratégia de apostar em linhas de crédito de menor risco, como o financiamento imobiliário, onde a garantia é o imóvel, e o empréstimo consignado, com desconto das parcelas em folha de pagamento.

Em meio à redução dos calotes, o BB também conseguiu reduzir as despesas com provisões para devedores duvidoso (PDD). Elas somaram R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre, queda de 27,4% ante o mesmo período do ano anterior. Considerando o exercício de 2010, as despesas com PDD ficaram em R$ 10,7 bilhões, contra R$ 11,6 bilhões do ano anterior. O saldo total das provisões encerrou o quarto trimestre em R$ 17,315 bilhões, o que proporciona cobertura de 212,1% das operações vencidas há mais de 90 dias.

O BB também aumentou a recuperação de créditos que já estavam baixados como prejuízo por meio de sua estrutura de cobrança. No ano de 2010, foram recuperados R$ 3,3 bilhões desses créditos, montante 22,7% superior ao recuperado em 2009.

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