Com hotéis vazios há duas semanas, Petrópolis tenta reativar o turismo

O setor de turismo da região serrana do Rio está estagnado há duas semanas. Em Petrópolis, os hotéis registraram 100% de cancelamentos logo após as chuvas que destruíram vários bairros da cidade no último dia 12. Hoje, a taxa de ocupação não passa de 10%, em plena temporada de verão. Os dados são do vice-presidente […]

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O setor de turismo da região serrana do Rio está estagnado há duas semanas. Em Petrópolis, os hotéis registraram 100% de cancelamentos logo após as chuvas que destruíram vários bairros da cidade no último dia 12. Hoje, a taxa de ocupação não passa de 10%, em plena temporada de verão.

Os dados são do vice-presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Rogério Elmor, dono de um hotel em Itaipava, a região mais atingida no município. “As pessoas estão começando, ainda muito timidamente, a ligar pedindo informações. Alguns hotéis estão conseguindo, com esforço muito árduo, reverter cancelamentos. Nesse final de semana, meu hotel ficou vazio”, lamentou o empresário.

Ele estimou em R$ 20 milhões os prejuízos da hotelaria de Petrópolis, valor que chega a R$ 54 milhões quando se inclui as perdas do comércio, principalmente de roupas e confecções, muito tradicional na cidade e que atrai milhares de turistas nos fins de semana.

O temor dos empresários e da prefeitura é, se o quadro persistir, de desemprego em massa no setor turístico, que movimenta 20% da receita do município e, sozinho, responde por 10 mil empregos diretos. Em Itaipava, mil empregos estão em risco imediato.

Para reverter o quadro, o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, fez hoje (24) um apelo para que os turistas habituais voltem à cidade. Ele garante que Petrópolis é segura e dispõe de uma estrutura eficiente de prevenção e atendimento em emergências. “Estamos fazendo uma grande campanha para garantir a empregabilidade na nossa cidade. É importante recuperar a imagem e atrair de volta o nosso turista. A maneira do povo carioca demonstrar solidariedade é nos visitar, comprar no nosso comércio e se hospedar na nossa rede hoteleira”, afirmou Mustrangi.

Um dos termômetros da crise turística na cidade é a redução drástica de visitantes no Museu Imperial de Petrópolis que, normalmente, recebe em torno de 2 mil pessoas por dia nos fins de semana. Neste último fim de semana, porém, o número de visitantes caiu para 200, uma queda de 90% no movimento do museu, uma imponente construção em estilo neoclássico erguida no século 19 para ser o palácio de verão do imperador dom Pedro II.

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