Com cinco casos até julho, prefeitura descarta surto de meningite em Três Lagoas

Dos 14 casos suspeitos e notificados em Três Lagoas, de janeiro a julho, nove foram descartados e cinco foram confirmados pelo Lacen/MS

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Dos 14 casos suspeitos e notificados em Três Lagoas, de janeiro a julho, nove foram descartados e cinco foram confirmados pelo Lacen/MS

Diante
de três casos de meningite registrados somente neste mês, totalizando 14
notificações, com cinco confirmações, a Prefeitura nega surto e afirma que de
Três Lagoas vive situação normal e controlada no que se refere à doença, segundo
dados recentes do Sistema Nacional de Vigilância de Meningite, ligado ao
Ministério da Saúde.

De
acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, os registros de
janeiro a julho de 2011, de meningite, em Três Lagoas, após a adoção dos procedimentos
exigidos pelo Sistema Nacional de Vigilância de Meningite e concluídos os
exames do Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul
(Lacen/MS), nove desses casos foram descartados e cinco foram confirmados.

Entre
esses cinco, houve registro de um óbito em 30 de junho, o caso de uma mulher de
76 anos, mas não do tipo meningocócica.

No
mês de julho, houve registro de três casos, entre eles o de um trabalhador,
residente em alojamento, que chegaram a levantar suspeitas de se tratar de
meningite meningocócica. No entanto, dois deles, incluindo uma criança
recém-nascida, chegaram a ser notificados, mas logo foram descartados.

A
suspeita do caso não é aleatória, “mas é levantada no atendimento médico, que,
imediatamente, deverá notificar a Vigilância Epidemiológica para os
procedimentos exigidos pelo Ministério da Saúde e estabelecidos no Sistema
Nacional de Vigilância de Meningite”, explicou a diretora de Vigilância em
Saúde, Angelina Zuque.

“Todos
os casos suspeitos seguem um protocolo de procedimentos do Ministério da Saúde,
com a realização de exames específicos e estudos de prontuários familiares para
elucidação do histórico clínico”, ressaltou.

Segundo
a diretora de Vigilância em Saúde, os exames laboratoriais são específicos para
confirmar ou descartar os casos de meningite.

“Quando não for possível
a coleta de materiais para exame, o diagnóstico clínico é suficiente para o
registro da suspeita”, explicou.

Orientações

“É
importante que a população saiba que o termo meningite expressa a ocorrência de
um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. A
meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias,
vírus e fungos, dentre outros, e agentes não-infecciosos (traumatismos)”,
informou Angelina.

Os
principais agentes bacterianos causadores de meningite e que preocupam a saúde
pública são, conforme denominação técnica e científica: neisseria meningitidis
(meningococo); mycobacterium tuberculosis; haemophilus influenzae; e
streptococcus pneumoniae.

Em
geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por
gotículas e secreções da nasofaringe. Nesses casos, o contágio se processa
através de contatos íntimos ou contato direto com as secreções respiratórias do
paciente. A transmissão pode ocorrer em residentes da mesma casa do paciente,
colegas de dormitório ou alojamento, namorados.

O
período de transmissibilidade varia de dois a 10 dias. No caso de meningite
meningocócica, o perigo de contágio persiste até que o meningococo desapareça
por completo da nasofaringe. Esse perigo normalmente desaparece 24 horas após a
antibioticoterapia, que deverá ser aplicada a toda a família e àqueles que
mantiveram contato direto com o paciente, incluindo os profissionais da Saúde.

A
meningite é uma síndrome que se caracteriza por febre, cefaléia intensa,
vômitos e sinais de irritação meníngea, acompanhadas do líquido
cefalorraquidiano. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura
de Três Lagoas)

 

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