Casamento entre homossexuais deve entrar em debate após decisão do STF
O reconhecimento da união estável entre homossexuais, através de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), vai incentivar o debate em torno da proposta sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A opinião é do autor de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto no Congresso, deputado Jean Wyllys (P-SOL-RJ). O […]
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O reconhecimento da união estável entre homossexuais, através de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), vai incentivar o debate em torno da proposta sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A opinião é do autor de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto no Congresso, deputado Jean Wyllys (P-SOL-RJ).
O deputado considera que a decisão de ontem do STF é uma vitória importante, mas, agora, é preciso fazer valer a decisão no texto da lei. “É uma grande conquista num país onde o Legislativo, desde 1995, não legisla nada relativo ao direito LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transexuais]”, disse.
A PEC conta com mais de 70 assinaturas. Mas, para começar a tramitar, é preciso 171. “Apesar do fato de alguns deputados estarem vociferando contra a proposta nas redes sociais com argumentos pobres intelectualmente, acredito que, agora, possamos conseguir mais assinaturas”, disse.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por sua posição radicalmente contrária aos direitos dos homossexuais, disse que a PEC não tem chance de tramitar no Congresso Nacional. Ele criticou a decisão do STF e disse que “ninguém tem orgulho de ter um filho gay”.
“Assim como o corpo é formado por células e quando aparece uma célula cancerosa, o corpo sente, o país é formado por famílias, e quando essas células são destruídas, o país vai perdendo forças”, comentou. “Nenhum homossexual está proibido de ter relação sexual, o que não se pode é levar isso para a legalidade”, acrescentou.
Para Jean Wyllys, a opinião é de alguém que usa a “força bruta” em nome do debate. “A Constituição é cidadã e trata da defesa e promoção da dignidade da pessoa humana para todos”, destacou.
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