Câmara aprova proposta que amplia fiscalização de lavagem de dinheiro

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25) o texto-base do projeto de lei que amplia o alcance da legislação sobre o crime de lavagem de dinheiro. Entre os principais pontos do texto está a inclusão de entidades e pessoas que podem ser fiscalizadas e punidas por lavagem e o aumento da multa […]

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25) o texto-base do projeto de lei que amplia o alcance da legislação sobre o crime de lavagem de dinheiro. Entre os principais pontos do texto está a inclusão de entidades e pessoas que podem ser fiscalizadas e punidas por lavagem e o aumento da multa máxima pelo crime de R$ 200 mil para R$ 20 milhões de reais.

Após a aprovação do texto-base no início da noite desta terça, os deputados ainda discutiam destaques (alterações pontuais) ao projeto, que ainda deverá ser encaminhado ao Senado para análise.

Atualmente, somente o dinheiro ocultado por meio de oito tipos de práticas, como tráfico de drogas por exemplo, está relacionado à lavagem de dinheiro. Com a mudança, recursos obtidos por meio de qualquer infração penal serão considerados ilegais.

“A lei torna absolutamente independente o crime da origem de recursos. Amplia significativamente o rol de pessoas e instituições passíveis de punição”, afirmou o relator do projeto Alessandro Molon (PT-RJ).

Além disso, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) passará a fiscalizar mais atividades suspeitas. Consultores, contadores e pessoas que trabalham com compra e venda de imóveis são alguns dos que terão, a partir de agora, que se registrar e prestar informações sobre suas transações ao Coaf.

“Haverá o fortalecimento do Coaf . Além do aumento da fiscalização, ele passa a contar com apoio de mais instituições que percebendo qualquer movimentação suspeita, avisam”, disse Molon.

Segundo ele, a votação do projeto, que tramita desde 2003, não tem relação com denúncias recentes de corrupção. “Ajuda o combate a corrupção, sim. Mas o Congresso não está votando somente por isso. É também porque quer ajudar o Judiciário”.

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