Bruno César e Ganso esquecem Europa e revanchismo para brilhar

Eles jogam com as cobiçadas camisas 10 de Corinthians e Santos. São agenciados pela DIS, empresa do Grupo Sonda, e estão cada vez mais próximos do futebol europeu, embora ainda vivenciem a rivalidade do Campeonato Paulista. Neste domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, os meio-campistas Bruno César e Paulo Henrique Ganso querem esquecer os […]

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Eles jogam com as cobiçadas camisas 10 de Corinthians e Santos. São agenciados pela DIS, empresa do Grupo Sonda, e estão cada vez mais próximos do futebol europeu, embora ainda vivenciem a rivalidade do Campeonato Paulista. Neste domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, os meio-campistas Bruno César e Paulo Henrique Ganso querem esquecer os projetos pessoais para brilhar no primeiro jogo da decisão estadual.

Bruno César já está vendido ao Benfica, de Portugal. Desde que acertou a transferência, contudo, ele prometeu se empenhar ao máximo para se despedir do Corinthians com o título paulista.

“Nunca vou tirar o pé de uma dividida”, garantiu. A disposição convenceu o técnico Tite, que promoveu o retorno do jogador à equipe titular no final da fase classificatória – ele havia acabado na reserva, por queda de rendimento, antes mesmo da eliminação na pré-Libertadores.

Do outro lado, Ganso também começou a mostrar à torcida do Santos que continua comprometido. Os constantes boatos sobre uma iminente negociação com um grande clube europeu (Milan e Inter de MIlão, ambos da Itália, são os mais especulados) desgastaram a imagem do atleta no início do ano.

A situação piorou quando o rival Corinthians, adversário santista na final do Paulista, externou o interesse em contratar o prata da casa do rival.

Ganso não se abalou: “eu sempre vou tentar chamar a responsabilidade para ajudar o meu time a vencer”. Ciente da qualidade do meio-campista, o diretor de marketing corintiano, Luis Paulo Rosemberg, disse que só poderia torcer por uma má atuação neste final de semana. Preferiu não assediar o jogador, como havia feito há três semanas, para não perturbá-lo antes do clássico.

Já Ganso conseguiu incomodar bastante Tite e os defensores do Corinthians às vésperas da partida. “Ele é um jogador que tem um poder de passe decisivo, podendo deixar um companheiro na cara do gol. O toque de bola do Ganso é muito preciso. Ao lado do Neymar, então…”, advertiu o próprio Bruno César, sem se esquecer de citar também as próprias qualidades.

“Sou bom nas finalizações de fora da área, de todo lugar. Ainda não consegui encaixar neste ano, mas isso pode acontecer agora”, vislumbrou.

Ganso e Bruno César se encontraram na última final de Campeonato Paulista, quando o corintiano defendia o Santo André. “O Santos mereceu ser campeão em 2010, mas fiquei chateado pela forma como foi, com erros cruciais da arbitragem. Podemos ficar quites agora”, avisou o futuro atleta do Benfica. “Mas não existe revanche. Não quero levar por esse lado. É outro jogo.”

Até Ganso tem (poucas) lembranças negativas daquele encontro com Bruno César. “Não devemos permitir que aconteça o mesmo do ano passado, em que perdemos jogadores por bobeira”, alertou, relembrando o fato de três atletas do Santos terem sido expulsos contra o Santo André.

Como a final de 2011 é diante do Corinthians, Ganso também poderia pensar em vingança. O meio-campista disputou a sua primeira decisão como jogador profissional justamente contra o maior rival, no Paulista de 2009.

“Mas não tem nada de revanche. O Santos só pensa em conquistar títulos”, priorizou, muito mais maduro dois anos depois. “Mudou até o meu nome antes, ele era chamado de Paulo Henrique Lima. Estou mais experiente. Sei da minha importância para o time e procuro fazer o meu melhor. É especial disputar a final do Campeonato Paulista pelo terceiro ano consecutivo. Vamos procurar conquistar o título para a nação santista”, discursou.

Bruno César fará o possível para impedir que o desejo de Ganso se concretize nesta temporada. Ainda mais porque os jogos contra o Santos provavelmente serão os seus últimos no Corinthians.

“Quero sair de portas abertas daqui, com o título do Paulista. Eu me identifiquei muito com o clube, com a torcida. Fiz amizade com todo mundo. Sempre vou lembrar do Pacaembu lotado, com o público empurrando a nossa equipe do começo ao fim. O corintiano vai aos estádios até em dias frios e chuvosos. Espero voltar. Sempre fui corintiano. Não negarei isso nunca.”

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