Brasileiro que fez plástica em Kadhafi afirma que ditador líbio é vaidoso

Há 42 anos no poder, até a Líbia ser dominada pelos rebeldes, o ditador Muammar Kadhafi comandava o país com mão de ferro e estilo extravagante. Mas a vaidade dele ia muito além das roupas extravagante. Os cirurgiões plásticos brasileiros Liacyr Ribeiro e Fábio Naccache foram à Líbia em 1995 operar Kadhafi e conviveram durante […]

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Há 42 anos no poder, até a Líbia ser dominada pelos rebeldes, o ditador Muammar Kadhafi comandava o país com mão de ferro e estilo extravagante. Mas a vaidade dele ia muito além das roupas extravagante.

Os cirurgiões plásticos brasileiros Liacyr Ribeiro e Fábio Naccache foram à Líbia em 1995 operar Kadhafi e conviveram durante dez dias com ele. Além da cirurgia plástica, Kadhafi também fez com os brasileiros um implante de cabelo.

Liacyr relembra: “A história começa exatamente em um congresso, um ano antes”. Do congresso, na capital Trípoli, o médico foi levado pelo ministro da Saúde da Líbia na época para examinar uma pessoa que ele não sabia quem era. “Foi quando eu percebi que tinha alguma coisa diferente, que havia umas barreiras e o carro fazia feito um ziguezague para entrar”, relembra.

O médico brasileiro estava entrando no esconderijo de Kadhafi. “Eu cheguei, fui levado a uma biblioteca. Encontrei com Kadhafi quando o médico particular dele disse: ‘Você vai examinar o nosso líder’. Falei: ‘O que eu posso fazer?’ Nessa hora, ele se apresentou, falando o seguinte: que ele já estava há algum tempo no poder e não queria passar para os jovens que ele era um velho”, lembra o cirurgião.

Kadhafi tinha na época 53 anos e um rosto bem diferente de quando, aos 27, tomou o poder. “Senti que era vaidade e medo de perder o poder por estar envelhecendo, não queria passar a imagem de uma pessoa velha e ultrapassada. Era medo de perder o poder”, lembra Liacyr.

O médico indicou uma plástica de rosto completa, mas Kadhafi não aceitou. “Ele quis um rejuvenescimento sem grandes cirurgias. Queria fazer naquele dia e eu falei que era impossível!”

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