Bolívia quer trem rápido saindo de Puerto Suárez para cruzar o país

O governo da Bolívia planeja construir uma ferrovia ligando o leste o oeste do país. O projeto faz parte de um plano para impulsionar a economia nacional no período 2011-2014, disse o ministro da Presidência, Oscar Coca, à Agência Boliviana de Informação (ABI), que é o órgão oficial de Comunicação do governo de Evo Morales. […]

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O governo da Bolívia planeja construir uma ferrovia ligando o leste o oeste do país. O projeto faz parte de um plano para impulsionar a economia nacional no período 2011-2014, disse o ministro da Presidência, Oscar Coca, à Agência Boliviana de Informação (ABI), que é o órgão oficial de Comunicação do governo de Evo Morales.

“Trata-se de uma ferrovia de Puerto Suárez até o ocidente andino do país”, explicou o ministro esclarecendo ainda que o estudo para a linha férrea que deve chegar ao Oceano Pacífico – provavelmente via Chile – será concluído em um ano.

A estrada de ferro vai começar na região de Mutún, em Puerto Suárez, zona de fronteira com Corumbá. Lá, a Bolívia mantém uma das maiores reservas de minério de ferro e manganês do mundo, gerenciada pela siderúrgica indiana Jindal. Depois de cruzar terras bolivianas de leste a oeste a malha férrea deverá chegar aos portos do Pacífico do Chile ou Peru.

“Teremos uma linha férrea de alta velocidade que vai atravessar todo o país em um caminho que irá transportar apenas carga de exportação de Mutún, mas que passará por grandes cidades (Santa Cruz, Cochabamba e La Paz e Oruro) articulando a vida e a economia dessas diferentes regiões”, afirmou o ministro da Presidência.

Plano 2011-2014

O plano para impulsionar a economia nacional entre 2011 e 2014 prevê ainda a instalação de um complexo industrial no norte de La Paz. “Em La Paz, consiste na instalação de um complexo produtor de açúcar. Também pensamos em priorizar o que será o parque industrial do departamento [estado]”, afirmou Coca. O governo boliviano também concentrará investimentos na área de hidrocarbonetos. A Bolívia nacionalizou sua indústria de petróleo e gás, em maio de 2006, no início da primeira gestão do presidente Morales. A exploração de petróleo e gás é essencial para o crescimento e desenvolvimento boliviano.

A Bolívia tem a segunda maior reserva de gás natural na América do Sul e, atualmente, atende os mercados de Brasil e Argentina e também planeja oferecer Uruguai e Paraguai. “Outra questão que tem sido prioridade é a YPFB (empresa estatal de petróleo). Em 2011 serão 26 poços produtores”, antecipou o ministro. O governo boliviano confirmou a decisão de construir aeroportos em locais estratégicos no país e com potencial turístico.

O programa de expansão de estradas também envolve a construção de uma via dupla na estrada de 900 km ligando as cidades de La Paz e Santa Cruz. Cinco pequenos aeroportos serão construídos.

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