Bob Dylan completa 70 anos em meio a boatos de retorno ao Brasil

Em meio a boatos sobre mais uma passagem pelo Brasil, desta vez para se apresentar no festival SWU, o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan comemora nesta terça-feira (24) 70 anos de idade com uma das mais prolíficas carreiras do rock. Em meio século de estrada, foram lançados 56 discos do músico, entre álbuns de […]

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Em meio a boatos sobre mais uma passagem pelo Brasil, desta vez para se apresentar no festival SWU, o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan comemora nesta terça-feira (24) 70 anos de idade com uma das mais prolíficas carreiras do rock. Em meio século de estrada, foram lançados 56 discos do músico, entre álbuns de inéditas, coletâneas e performances ao vivo.

A importância de Dylan para a música é tão grande que, em 2008, ele foi eleito pela revista norte-americana Rolling Stone o segundo mais influente artista de rock de todos os tempos , ficando atrás apenas dos Beatles. Além disso, a mesma publicação o elegeu o sétimo melhor cantor do mundo pop e colocou sua composição Like a Rolling Stone, de 1965, como a melhor canção já escrita na história da música.

É incontável o número de artistas influenciados pelo neto de judeus russos nascido na pequena cidade de Duluth, no Estado de Minnesota, sob o nome de Robert Allen Zimmerman. John Lennon era notório fã do cantor, assim como seu colega de Beatles George Harrison, a lenda do reggae Bob Marley, o guitarrista Jimi Hendrix e os eternos Rolling Stones, todos responsáveis por regravar sucessos de Dylan.

Além disso, sua personalidade subversiva deu ânimo à juventude em uma época em que as liberdades individuais, a guerra e o racismo eram regra no mundo dividido pela Guerra Fria entre EUA e URSS. Canções como Blowin´ in the Wind, do álbum The Freewheelin’ Bob Dylan – disco de platina em território norte-americano e hit número 1 nas paradas britânicas -, representaram o clamor de paz do movimento hippie que florescia naquela década.

Em 1963, participou da Marcha sobre Washington, gigantesca manifestação liderada pelo pastor Martin Luther King que reuniu mais de 250 mil pessoas na capital norte-americana gritando por liberdade, trabalho e, principalmente, pelo fim da discriminação racial que dominava o país. Only a Pawn in Their Game, homenagem ao ativista de direitos afro-americanos Medgar Evers, morto no mesmo ano, e When the Ship Comes In, tocada ao lado da artista folk Joan Baez, foram algumas das canções apresentadas por ele na ocasião.

Além de Baez, cantora de enorme importância na música folk no início dos anos 1960, grandes nomes da época ajudaram a popularizar as canções de Dylan, cujas letras e melodias geravam enorme identificação entre os artistas.

Sobre o músico, o falecido Beatle George Harrison disse certa vez: “suas letras, sua atitude, tudo isso era original e maravilhoso”; John Lennon, em 1964, o elogiou ao falar da música folk, “eu gosto de Joan Baez, mas amo Bob Dylan”. Mais recentemente, em 2008, Paul McCartney revelou, quando questionado sobre o artista com o qual ainda gostaria de fazer parceria: “seria amável colaborar em algo com Bob Dylan”.

Casado por duas vezes, uma com Sara Lowds, em 1965, – com quem teve quatro filhos, entre eles Jakob Luke, que se tornou fundador da banda Wallflowers -, e outra com a cantora Carolyn Denis, em 1986 – com quem teve uma filha e se divorciou em 1992 -, Zimmerman é também pintor e autor de livros.

Seus quadros já ganharam diversas exposições, inclusive uma batizada de The Brazil Series, baseada em suas impressões sobre o País quando nele fazia turnê.

Dylan também escreveu diversos livros, como Forever Young, Chronicles e Slow Train Coming.

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