Atrás de pistas, família e parentes de jovem desaparecida promovem ato na Capital

Marielly saiu de casa no sábado passado para conversar com uma amiga, depois se encontraria com o namorado; nem um nem outro, ela sumiu e a polícia não tem pistas, embora já tenha ouvido alguns suspeitos

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Marielly saiu de casa no sábado passado para conversar com uma amiga, depois se encontraria com o namorado; nem um nem outro, ela sumiu e a polícia não tem pistas, embora já tenha ouvido alguns suspeitos

Os familiares de Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, desaparecida há uma semana, estão na manhã desta sábado (28) com camisetas com fotografia da jovem e distribuindo panfletos na região central da Capital. A movimentação que está sendo realizado no cruzamento da Rua 14 de junho com a Avenida Afonso Pena reúne cerca de 40 pessoas. A jovem trabalhava de segunda-feira a sexta-feira como secretária num escritório de advocacia em Campo Grande.

Segundo a mãe de Marielly, Eliane Barbosa, 39 anos, a filha desapareceu no sábado (20) após sair de casa no bairro Jardim Petrópolis, em Campo Grande, a jovem iria encontrar uma amiga e, após isso, ficaria com o namorado, Willian Barbosa, 25 anos.

O namorado da jovem disse que, no sábado, ela, por mensagem de celular, avisou que sairia com uma amiga e que a bateria do telefone havia acabado.

Apenas por volta das 22 horas, a família constatou o desaparecimento da jovem, pois até então achavam que ela estava com o namorado Willian. Desde então, o telefone da jovem está desligado e não recebe ligações.

O amigo da jovem desaparecida, José de Oliveira, 43 anos, disse que se Marielly tivesse visto o apelo da família nos meios de comunicação ela já teria entrado em contato. Ele argumenta ainda que o bairro onde moram não é violento e não seria caso de sequestro ou estupro em razão da tranquilidade do bairro.

Eliane Barbosa, a mãe da desaparecida, desabafou dizendo que não vai ao trabalho desde que a filha sumiu e mal consegue se alimentar. Ela informou que a filha saiu de casa apenas de short e chinelos e com o celular com pouca bateria.

O pai de Marielly, Marcos Antônio Rodrigues, 39 anos, que mora em Alto Taquari, em Mato Grosso, veio para Campo Grande no dia seguinte após o desaparecimento da filha.

Ele explica que esteve há 50 dias em contato com a filha quando ela esteve cuidando dele após uma cirurgia. Ele informa que quase todo dia conversava com a filha. “Eu não consigo imaginar o que aconteceu com ela. Estou transtornado com a situação”, explica.

A mãe de Marielly agradeceu o empenho das policiais Civil e Militar e da imprensa que está divulgando o desaparecimento da filha. Ela pediu para que a população ligue para os telefones 3318 9000(Cepol) ou para o telefone de sua casa 3391 8182.

Eliane Barbosa pede que as pessoas não liguem fazendo trote, pois ela já recebeu algumas ligações com informações falsas sobre o paradeiro da filha.

Questionado sobre a prisão de duas pessoas que supostamente estariam envolvidos com o desaparecimento de sua filha, ela explica que tomou conhecimento apenas pela imprensa e não foi procurada pela delegado que cuida do caso.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabiano Nagata, as investigações estão sendo intensificadas pelas ruas de Campo Grande, mas ainda não há pistas sobre o paradeiro da jovem.

Fabiano explica que várias pessoas já foram ouvidas, graças as denúncias da população que constantemente liga para dar pistas. “Algumas ligações são trote, mas é importante as pessoas ligarem no intuito de ajudar”, destaca.

O delegado ainda disse que suspeitos já foram interrogados, mas por não haver provas o processo corre em segredo de justiça.

 

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